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Iraque

- Publicada em 01 de Maio de 2016 às 16:30

Ativistas dão ultimato ao governo

Ativistas deixaram a Zona Verde, mas retomarão os protestos se suas reivindicações não forem atendidas

Ativistas deixaram a Zona Verde, mas retomarão os protestos se suas reivindicações não forem atendidas


HAIDAR MOHAMMED ALI/AFP/JC
Centenas de manifestantes iraquianos anunciaram sua saída da Zona Internacional de Bagdá, capital do Iraque, ontem à noite, mas disseram que retornarão ao local se suas exigências de reforma do governo não forem atendidas rapidamente. O anúncio ocorreu um dia depois de centenas de pessoas invadirem o Parlamento do país.
Centenas de manifestantes iraquianos anunciaram sua saída da Zona Internacional de Bagdá, capital do Iraque, ontem à noite, mas disseram que retornarão ao local se suas exigências de reforma do governo não forem atendidas rapidamente. O anúncio ocorreu um dia depois de centenas de pessoas invadirem o Parlamento do país.
Uma comissão de ativistas que lideram os protestos afirmou que as manifestações serão retomadas amanhã, após o fim de um feriado religioso islâmico. O órgão também exigiu que o governo vote uma nova lista de ministros tecnocratas em uma única sessão, após vários adiamentos. Se essa exigência não for atendida, manifestantes vão exigir a renúncia do primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, e do presidente do Parlamento, Salim al-Jabouri, além da convocação de eleições antecipadas.
Os manifestantes, seguidores do clérigo xiita Moqtada al-Sadr, invadiram a Câmara do Parlamento no sábado, depois de escalar as paredes da Zona Internacional, também conhecida como Zona Verde. Sadr pediu a seus apoiadores que se manifestassem contra uma decisão de Jabouri de suspender a sessão no Parlamento antes que fosse concluída a votação de uma nova série de ministros tecnocratas.
A declaração da comissão conclama os apoiadores a adotarem "todos os meios possíveis (para fazer as demandas serem atendidas), como invadir uma das três presidências ou uma greve civil ou geral". Dezenas de manifestantes contra o governo haviam permanecido na Zona Internacional durante a maior parte do domingo.
O episódio destaca a instabilidade no país em meio a dificuldades econômicas provocadas por baixos preços do petróleo. As tentativas de Abadi de nomear um gabinete para cumprir promessas de introduzir reformas políticas e combater a corrupção atraíram resistência.
Os apoiadores de Sadr têm repetidamente enchido as ruas da região central de Bagdá ao longo do último mês para pressionar por reformas políticas há muito adiadas para reduzir a corrupção e por um novo gabinete de ministros que não sejam ligados aos partidos políticos sectários.

Duplo atentado com carro-bomba deixa pelo menos 31 mortos em Samawah

Um duplo ataque com carro-bomba matou pelo menos 31 pessoas e deixou outras 52 feridas na cidade de Samawah, no Iraque, de acordo com o balanço atualizado divulgado ontem. Os dois veículos, que estavam estacionados, foram detonados com diferença de minutos, perto do meio-dia.
O primeiro carro-bomba explodiu perto de prédios do governo. Já o segundo foi detonado a cerca de 60 metros do local, em uma estação de ônibus. Nenhum grupo terrorista reivindicou a responsabilidade pelo ataque, mas as suspeitas recaem sobre o Estado Islâmico.
Também ontem, a Organização das Nações Unidas (ONU) informou que pelo menos 714 iraquianos foram mortos em abril por causa da atual onda de violência no país. Deste total, 410 eram civis, e o restante, membros das forças de segurança. Entre os feridos estão 1.374 pessoas. O número é menor do que as mortes registradas em março, quando morreram 1.119 pessoas e 1.561 ficaram feridas.