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Geral

- Publicada em 30 de Maio de 2016 às 15:02

Alunos e professores protestam contra a terceirização no Estado

Quase 200 escolas estaduais estão ocupadas no Rio Grande do Sul

Quase 200 escolas estaduais estão ocupadas no Rio Grande do Sul


FREDY VIEIRA/JC
Isabella Sander
Alunos, professores e simpatizantes da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul se posicionaram ontem, desde as 10h, em frente ao Palácio Piratini. Em ato coordenado pelo Cpers/Sindicato, a comunidade escolar protestava contra o Projeto de Lei (PL) nº 44/2016, de autoria do Poder Executivo. Se aprovada, a proposta, que foi tema de audiência pública na Assembleia Legislativa durante a tarde, permitirá que o governo do Estado faça parcerias com pessoas jurídicas de direito privado, repassando verbas para essas organizações sociais para que realizem projetos em atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à gestão, proteção e preservação do meio ambiente, à ação social, ao esporte, à saúde e à cultura.
Alunos, professores e simpatizantes da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul se posicionaram ontem, desde as 10h, em frente ao Palácio Piratini. Em ato coordenado pelo Cpers/Sindicato, a comunidade escolar protestava contra o Projeto de Lei (PL) nº 44/2016, de autoria do Poder Executivo. Se aprovada, a proposta, que foi tema de audiência pública na Assembleia Legislativa durante a tarde, permitirá que o governo do Estado faça parcerias com pessoas jurídicas de direito privado, repassando verbas para essas organizações sociais para que realizem projetos em atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à gestão, proteção e preservação do meio ambiente, à ação social, ao esporte, à saúde e à cultura.
Segundo a presidente do Cpers, Helenir Schürer, o PL gera a privatização das escolas, pois terceiriza o serviço público. "A lei é estranha, porque permite às organizações sociais assumirem diversas questões que refletem na sociedade e dentro da nossa comunidade escolar, mas também determina que as entidades não poderão ter fins lucrativos", relata.
Helenir demonstra desconfiança sobre a existência de "empresários altruístas, que assumam as escolas sem receber nada em troca". "Já passamos do tempo de acreditar em coelhinho da Páscoa e Papai Noel", ironiza.
Hoje, às 9h, está prevista a entrega, por parte da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), de um retorno à pauta de reivindicações dos professores. O anúncio ontem por parte do secretário estadual de Educação, Vieira da Cunha, de que concorrerá à prefeitura de Porto Alegre, causou tensão aos educadores, que temem que as negociações fiquem prejudicadas com a saída do gestor da pasta. "Basta de conversa. Esperamos que o governo apresente um documento assinado com a proposta, para podermos avaliar", observa a presidente do Cpers.
Conforme levantamento do sindicato, quase 70% das escolas estaduais gaúchas se encontram em greve. As ocupações das instituições por parte de estudantes também têm crescido. "Essa é a primeira vez na nossa história que temos a comunidade escolar realmente ao lado dos trabalhadores da educação", celebra Helenir. Para a sindicalista, as escolas não serão as mesmas após esse movimento.
Laura Helena Paz, de 16 anos, está ocupando o Centro Técnico Industrial de Santa Maria (Ctism). Membro da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a adolescente esteve na Capital para participar da manifestação do Cpers, que reuniu centenas de pessoas. "A galera tem ocupado cada vez mais, o movimento está crescente nas escolas. Porém, estamos preocupados, pois o governo já ameaçou acionar a Justiça para desocupar. Por isso, o bordão 'ocupar e resistir', daqui em diante, precisa ser muito forte", afirma.
A estudante estima que há quase 200 escolas ocupadas no Rio Grande do Sul. A segurança está sendo feita basicamente pelos próprios alunos, juntamente com pais ou estudantes maiores de idade. Os ocupantes estão precisando de doação de alimentos não perecíveis e de produtos de limpeza e higiene pessoal.
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