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Geral

- Publicada em 17 de Maio de 2016 às 21:59

Prefeitura desinterdita Hospital Parque Belém

Suspensão da interdição foi assinada por Lima (e) e Pereira

Suspensão da interdição foi assinada por Lima (e) e Pereira


LEONARDO CONTURSI/CMPA/JC
Isabella Sander
Proibido, na semana passada, de funcionar, o Hospital Parque Belém (HPB) recebeu nova vistoria ontem. Anderson Lima, coordenador da Vigilância em Saúde da prefeitura de Porto Alegre, considerou que o estabelecimento demonstrou boa vontade ao realizar algumas melhorias de problemas apontados pela equipe e desinterditou o local. A avaliação ocorreu durante visita dos parlamentares da Câmara de Vereadores.
Proibido, na semana passada, de funcionar, o Hospital Parque Belém (HPB) recebeu nova vistoria ontem. Anderson Lima, coordenador da Vigilância em Saúde da prefeitura de Porto Alegre, considerou que o estabelecimento demonstrou boa vontade ao realizar algumas melhorias de problemas apontados pela equipe e desinterditou o local. A avaliação ocorreu durante visita dos parlamentares da Câmara de Vereadores.
Sem atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) há cinco meses, a instituição vive uma crise financeira que já acarretou a demissão de 400 funcionários. Somente a ala psiquiátrica se mantém em funcionamento, tendo, hoje, 16 pacientes internados, por convênio e particulares. O hospital possui 50 leitos psiquiátricos e mais 200 leitos de outras especialidades.
As principais justificativas para a interdição foram a necessidade de um responsável técnico do Parque Belém junto ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e a evolução dos prontuários, para que o tratamento não se resumisse à administração de medicamentos, havendo maior acompanhamento da parte médica. "A estrutura física também necessitava de alguns reparos, mas, de uma vistoria para outra, tanto a parte de infraestrutura quanto as questões de responsabilidade técnica foram sanadas, o que mostra que o HPB pode voltar a funcionar", observou Lima. O coordenador assinou a suspensão da interdição, juntamente com o presidente da mantenedora do estabelecimento, Luiz Augusto Pereira.
Um grupo de trabalho envolvendo a mantenedora, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Secretaria Estadual da Saúde (SES) buscará soluções para reabrir os outros serviços do hospital, como a tomografia, na qual eram feitos de 400 a 500 exames mensais, as quatro salas de cirurgia completas e os 20 leitos da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Pereira espera que o diálogo permita a reabertura do atendimento pelo SUS ainda neste inverno. "Por nós, abriríamos os leitos públicos agora, mas antes é preciso viabilizar o custeio dos trabalhos com as instâncias municipal e estadual", explica. A sustentabilidade do serviço se dará através de gestão compartilhada entre Estado, município e mantenedora.
Depois de o custeio e o novo modelo assistencial serem negociados entre as partes, o presidente da mantenedora pretende reativar a área clínica, para suprir parte da demanda das emergências, todas com rotina de superlotação, no último mês, em Porto Alegre. "Estamos prestes a entrar em um inverno rigoroso, e a situação deve se agravar, com o aumento da incidência de doenças respiratórias. Por isso, queremos abrir leitos de retaguarda, para desobstruir as emergências em casos de média complexidade", destaca.
Com tudo se encaminhando, a equipe do HPB parece mais confiante e menos crítica à SMS. Na semana passada, em reportagem do Jornal do Comércio, o diretor técnico do estabelecimento, Augusto Capelletti, denunciou perseguição da parte da prefeitura. "Se havia algum conflito com o município, ele foi superado com a desinterdição. Nosso hospital está apto, moderno e só precisa do famoso custeio para operar. Tenho confiança de que acharemos o melhor caminho", afirma.
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