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Educação

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 18:11

Estudantes ocupam mais uma escola pública de Porto Alegre

Previsão é de que não haja aulas no colégio nesta sexta-feira

Previsão é de que não haja aulas no colégio nesta sexta-feira


ANTONIO PAZ/JC
A onda de mobilizações de estudantes que surgiu em São Paulo parece ter alcançado o Rio Grande do Sul. Na quarta-feira, alunos ocuparam duas salas do Colégio Estadual Coronel Emílio Massot. No mesmo dia, à noite, foi a vez de estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Agrônomo Pedro Pereira, na avenida Bento Gonçalves, zona Leste de Porto Alegre, tomarem a escola para si. Na quinta-feira, algumas turmas ainda tiveram aula, mas a previsão é de que nenhum professor lecionasse de sexta-feira em diante.
A onda de mobilizações de estudantes que surgiu em São Paulo parece ter alcançado o Rio Grande do Sul. Na quarta-feira, alunos ocuparam duas salas do Colégio Estadual Coronel Emílio Massot. No mesmo dia, à noite, foi a vez de estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Agrônomo Pedro Pereira, na avenida Bento Gonçalves, zona Leste de Porto Alegre, tomarem a escola para si. Na quinta-feira, algumas turmas ainda tiveram aula, mas a previsão é de que nenhum professor lecionasse de sexta-feira em diante.
O motivo do protesto dos estudantes de ambas as escolas é parecido. Pedem melhorias nas condições da educação, repasse de valores mensais atrasados e manifestam repudio ao parcelamento de salários dos educadores. No entanto, os estudantes do Pedro Pereira também estão mobilizados contra o Projeto de Lei nº 44/2016, do governo de José Ivo Sartori, que abre a possibilidade de privatização do ensino público, e contra o Projeto de Lei nº 867/2015, que institui o programa Escola Sem Partido.
O vice-presidente do Grêmio Estudantil do colégio, Antonio Henrique Fonseca Porto, de 16 anos, explica que tais projetos vão prejudicar a educação. "Se privatizarem, o lucro dos empresários vai ser priorizado. Quanto à Escola Sem Partido, querem impedir que falemos sobre política nas escolas, mas nossa vida é política. O próprio grêmio estudantil é político", argumenta o jovem. Por meio de nota, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) afirma que depositou, na quinta-feira, R$ 5,6 milhões na conta das escolas estaduais. O valor é parte da autonomia financeira de março e diz respeito aos recursos destinados à manutenção. Sobre o Pedro Pereira, a pasta afirma que esteve na escola pela manhã desta quinta-feira e que orientou a direção sobre como proceder. A respeito da reposição de professores de Matemática e Geografia, a Seduc convocará profissionais do próprio quadro da escola para repor as turmas.

Assembleia geral, nesta sexta-feira, decide greve de professores no Estado

Está marcada para esta sexta-feira, às 13h30min, no Gigantinho, a assembleia geral do Cpers/Sindicato. A categoria discutirá a deflagração de uma greve. Os professores, que há muito reclamam de salários baixos e sem reajuste, de cargas horárias excessivas e de péssimas condições de trabalho, agora também temem as diretrizes estabelecidas na elaboração da Lei Orçamentária de 2016 e o reajuste previsto para 2017. Além disso, um possível aumento na contribuição ao Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (Ipergs) também preocupa.
A presidente do Cpers, Helenir Schürer, acredita que a categoria optará pela paralisação. "Quando se ganha pouco e a perspectiva é ganhar menos e pagar mais, a adesão é maior. O governo tem sido um ótimo mobilizador."