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Saúde

- Publicada em 03 de Maio de 2016 às 23:46

Um terço das obras do Hospital de Clínicas está concluído

Novos prédios abrigarão pacientes críticos, áreas de educação, administrativas e reabilitação

Novos prédios abrigarão pacientes críticos, áreas de educação, administrativas e reabilitação


MARCELO G. RIBEIRO/JC
As obras do Hospital de Clínicas de Porto Alegre estão 34% concluídas. O anexo 1, onde serão atendidos os pacientes críticos, já está com sua estrutura de concreto quase pronta, faltando a construção apenas de dois dos nove andares. No anexo 2, no qual funcionarão as áreas de ensino, administrativa e de reabilitação, a estrutura de oito andares já foi finalizada.
As obras do Hospital de Clínicas de Porto Alegre estão 34% concluídas. O anexo 1, onde serão atendidos os pacientes críticos, já está com sua estrutura de concreto quase pronta, faltando a construção apenas de dois dos nove andares. No anexo 2, no qual funcionarão as áreas de ensino, administrativa e de reabilitação, a estrutura de oito andares já foi finalizada.
"Estamos fazendo as instalações. Essa é a maior parte do trabalho, pois, em um hospital, temos a necessidade de instalações especializadas, com ar-condicionado e elevadores já embutidos na construção", explica o engenheiro responsável pela ampliação, Fernando Martins Pereira da Silva.
Ontem, a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal realizou uma vistoria das obras. "Aqui, teremos a possibilidade de atender o dobro de pacientes na emergência. Hoje, a capacidade instalada é de 75 pacientes e esse número chegará a 150. Queremos garantir que esse espaço seja bem gerido, a fim de ser bem utilizado", aponta o presidente da comissão, vereador Thiago Duarte (DEM).
Os novos prédios incluem um andar inteiro para hemodiálise, outro para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e dois andares de bloco cirúrgico. "Só quem espera um ano por uma cirurgia de vesícula ou hérnia ou dois a três anos por uma cirurgia de coluna sabe o sofrimento que é ver sua doença ser transformada em incurável", observa o vereador. Para Duarte, com boa gestão, o novo prédio do Clínicas, juntamente com a abertura dos 400 leitos inativos do Hospital Parque Belém, sanaria a falta de vagas em Porto Alegre.
A vice-presidente médica do hospital, Nadine Clausell, contudo, discorda dos números mencionados pelo vereador. Para ela, o principal ganho será na qualidade e na segurança da emergência. A área atenderá totalmente à legislação, do ponto de vista de espaço entre as camas, conforto, privacidade e separação entre pacientes com infecções, transplantados e que tiveram Acidente Vascular Cerebral (AVC). "Tudo será segmentado por linha de cuidado, melhorando muito a qualidade, mas o número de pacientes não aumentará expressivamente, porque hoje a emergência do Clínicas trabalha com 140 a 150 pacientes, tendo capacidade operacional para 50 pacientes", justifica.
Na opinião de Nadine, melhorar a qualidade das emergências é mais importante do que atender mais pessoas. "Grande parte das emergências atendem de maneira sobre-humana, muito acima de sua capacidade, por não termos uma rede de saúde hierarquizada na Capital e no Estado", destaca.
A médica propõe a repactuação das funções de cada estabelecimento na rede, a fim de desafogar as emergências dos hospitais. "Os pacientes às vezes não conseguem serviços simples em Unidades Básicas de Saúde ou em Unidades de Pronto-Atendimento. Planejando a gestão, o Clínicas poderá focar em uma emergência bem dimensionada, trabalhando com pacientes graves e deixando as situações mais simples para a rede", afirma.

Membro da Cipa denuncia acidentes

O operário Antônio Marcos da Luz Ortiz, membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da ampliação do Hospital de Clínicas, denunciou uma grande quantidade de acidentes. A situação, segundo o profissional, foi informada em reuniões da Cipa, mas não teve resultados. "O interesse das empreiteiras é encerrar a obra, mas há vidas em risco. Gostaríamos de um pouco mais de atenção para esse quesito, com a contratação de mais fiscais", pede Ortiz.
Antônio José Ribeiro dos Santos, gerente de produção da obra, nega a falta de fiscalização. "Temos equipes de segurança, engenheiros e técnicos que respeitam normas de segurança", afirma. A obra conta com 650 a 700 operários.