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Esportes

- Publicada em 18 de Maio de 2016 às 23:54

São Paulo faz gol no Horto e, mesmo com derrota, garante vaga na semifinal da Libertadores

O são paulino Thiago Mendes disputa a bola com o atleticano Juan Cazares. Vaga é do São Paulo

O são paulino Thiago Mendes disputa a bola com o atleticano Juan Cazares. Vaga é do São Paulo


DOUGLAS MAGNO/AFP/JC
Estadão Conteúdo
O São Paulo deu uma aula de tranquilidade para controlar o Atlético Mineiro e a pressão do estádio Independência até o último minuto e se garantir na semifinal da Copa Libertadores. Jamais uma derrota por 2 a 1, nesta quarta-feira (18), em Belo Horizonte, significou na história do clube tamanhas conquistas, como a superação do tabu contra brasileiros na competição e a prova do quanto o elenco superou desconfianças.
O São Paulo deu uma aula de tranquilidade para controlar o Atlético Mineiro e a pressão do estádio Independência até o último minuto e se garantir na semifinal da Copa Libertadores. Jamais uma derrota por 2 a 1, nesta quarta-feira (18), em Belo Horizonte, significou na história do clube tamanhas conquistas, como a superação do tabu contra brasileiros na competição e a prova do quanto o elenco superou desconfianças.
Após sete quedas seguidas para brasileiros na competição, o São Paulo superou o trauma e está na semifinal após seis anos. O torcedor precisou esperar cinco minutos de acréscimos e muitos sustos na área.
O herói da classificação foi o zagueiro Maicon, autor do gol e fundamental nos desarmes. A classificação aumenta a chance do clube em prolongar o empréstimo dele para além de 30 de junho, data do término do atual contrato. A atuação decisiva do defensor se deu em um condições especiais. Revelado pelo Cruzeiro, estreou como profissional justamente em um clássico em 2007 contra o Atlético Mineiro e na estadia em Belo Horizonte teve a companhia de familiares.
A grande qualidade do São Paulo foi a maturidade em campo. O time não se mostrou inseguro com a pressão e nem nervoso quando esteve acuado. O time parece mais calejado a decisões, com espírito brigador e oposto ao perfil de quem no ano passado foi goleado pelos três rivais paulistas em clássicos.
Os dois sobreviventes brasileiros na Libertadores fizeram o jogo mais emocionante do futebol nacional no ano. Nos 15 primeiros minutos, a partida tinha mudado três vezes de panorama. Aos 6, o Atlético fez gol com Cazares, que levava a decisão para os pênaltis. Depois, com 11, Carlos ampliava e fazia a equipe da casa avançar. Aos 14, Maicon completou de cabeça e recolocava o São Paulo na fase seguinte.
Em ritmo de blitze, as equipes fizeram um jogo muito superior à guerra de faltas, cotoveladas e polêmicas do estádio do Morumbi, onde quase não houve lances de emoção na primeira partida das quartas de final.
Somente o começo da partida foi capaz de unir os mais de 20 mil atleticanos aos cerca de 1,8 mil são-paulinos espremidos no setor superior do Independência. Com os olhos arregalados, todos compartilhavam o sentimento de angústia, pois quem perdesse um mínimo detalhe, não veria lances decisivos para o confronto.
O primeiro tempo não se resumiu aos três gols em 14 minutos. O Atlético ainda reclamou de um pênalti em Leonardo Silva e acertou a trave com Lucas Pratto. Aliás, bola alta na defesa do São Paulo era certeza de lance de perigo.
O time visitante chegou perto no gol no último lance do primeiro tempo. Rodrigo Caio também acertou a trave, no único momento em que os atleticanos fizeram silêncio no estádio.
O Atlético voltou ao intervalo acolhido pela torcida com o grito do "Eu, acredito", espécie de mantra entoado desde a conquista da Libertadores de 2013. O coro motivou a equipe a aumentar a pressão e insistir nos lances aéreos. O São Paulo teve o mérito de suportar o sufoco e não repetir o fracasso defensivo do começo de jogo, afinal o relógio corria a favor.
O passar do tempo fez o ambiente inverter a pressão. Era a vez do Atlético sentir a ansiedade pelo gol salvador para acalmar a torcida. O time passou 15 minutos sem chutar a gol. O São Paulo tentava ser calculista, ao avançar para o ataque com calma, com cada palmo estudado. Calleri foi importante para segurar a bola e fazer a equipe merecer um grito inusitado da sua torcida: "Time de guerreiros".
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