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Publicada em 22 de Maio de 2016 às 18:31

Experimente tintos de cepas diferentes

Danilo Ucha desafia leitor a fugir do lugar comum

Danilo Ucha desafia leitor a fugir do lugar comum

JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
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Danilo Ucha
Já se tornou lugar comum dizer: "com o friozinho do inverno, é bom beber um bom vinho tinto". É verdade, mas vamos fugir do lugar comum, que é beber Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Tannat, Pinot Noir e Malbec, que se tornaram as uvas preferidas dos brasileiros nos últimos anos.
Já se tornou lugar comum dizer: "com o friozinho do inverno, é bom beber um bom vinho tinto". É verdade, mas vamos fugir do lugar comum, que é beber Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Tannat, Pinot Noir e Malbec, que se tornaram as uvas preferidas dos brasileiros nos últimos anos.
Peguei na adega alguns vinhos de outras cepas que são muito interessantes e vale a pena experimentar. O leitor, certamente, vai gostar da experiência. Escolhi produtos de cinco vinícolas, mas a maioria dos produtores gaúchos tem vinhos de cepas diferenciadas.
Podemos começar com Ancellotta 2013(R$ 58,00) e Touriga Nacional 2014 (R$ 60,00), da vinícola Dal Pizzol, lá de Faria Lemos, em Bento Gonçalves. O primeiro é oriundo de uma uva nativa da Itália, mais especificamente proveniente da província Reggio nell'Emilia, na região de Emilia-Romagna; o segundo, de uma das castas mais nobres de Portugal.
O Miolo Wine Group oferece diversas alternativas, como o Carmenère Puhuen 2008 Santa Rita (R$ 242,00), produzido no Chile. Entre a produção nacional do grupo destacam-se o Pinotage Almaden 2014 (R$ 23,82), o Gamay 2016 (R$ 36,00), o Syrah Almaden 2013 (R$ 20,00), o Syrah Testardi 2013 (R$ 134,27), o Tempranillo Reserva 2013 (R$ 47,21), o Tinta Roriz Quinta do Seival 2013 (R$ 23,44) e o Touriga Nacional Castas Portuguesas 2013 (R$ 93,44). Quanto às uvas, a Touriga Nacional já está explicada lá em cima; a Carmenère é originária do Médoc (Bordéus, França), foi dizimada por uma praga, na Europa, e sobreviveu no Chile, onde é a uva ícone; a Pinotage é uma uva relativamente nova, de 1925, cruzamento da Pinot Noir e da Cinsault (Hermitage), na África do Sul. A Gamay, uva do famoso vinho francês Beaujolais, é uma mutação da Pinot Noir; a Syrah, considerada a Pérola do Ródano, é uma das mais antigas variedades que existem, deve ter sido a casta usada por Noé para fazer seu primeiro vinho; Tempranillo é uma das uvas mais conhecidas da Península Ibérica, em Portugal chamada de Aragonez ou Tinta Roriz.
A vinícola Aurora também tem um excelente Carmenère Pequenas Partilhas (R$ 62,20), um vinho intenso com notas de especiarias, pimenta vermelha e um toque de avelã tostada; um Marcus James Pinotage meio seco (R$ 24,30). Da vinícola Larentis, é interessante provar o Marselan 2012 (R$ 49,00), variedade resultante do cruzamento da Grenache com Cabernet Sauvignon; o Teroldego 2013 (R$ 55,00), o Ancellotta 2011 (R$ 44,10) e o Pinotage 2015 (R$ 60,00). A vinícola Perini tem o Casa Perini Exótico Marselan (R$ 60,00), o Casa Perini Exótico Barbera (R$ 60,00) e o Casa Perini Exótico Marselan (R$ 60,00), muito interessantes. A barbera é uma uva ortiginária do Piemente, na Itália, com a qual se elaboram os vinhos Barbera d'Alba e Barbera d'Asti.

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