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Construção civil

- Publicada em 11 de Maio de 2016 às 22:59

Atenção a vendas e à manutenção de clientes

A construção civil está sentindo o impacto da crise econômica, que provocou queda na atividade e no nível de emprego; e, para evitar um dano maior, tem adotado estratégias como feirões de imóveis e oferta de prêmios aos compradores. O foco é manter vendas e clientes. "A construção civil vem a reboque da economia e sofrendo muito forte com toda essa conjuntura", salienta o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Ricardo Antunes Sessegolo.
A construção civil está sentindo o impacto da crise econômica, que provocou queda na atividade e no nível de emprego; e, para evitar um dano maior, tem adotado estratégias como feirões de imóveis e oferta de prêmios aos compradores. O foco é manter vendas e clientes. "A construção civil vem a reboque da economia e sofrendo muito forte com toda essa conjuntura", salienta o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Ricardo Antunes Sessegolo.
Ele lamenta que as empresas tenham de operar dentro de um patamar de vendas muito baixo, mas acredita que, passado o cenário do impeachment, possa ter início uma pauta positiva. Atualmente, o percentual de distratos, que fica em uma média de 11%, está entre 21% e 22%. Diante da conjuntura, Sessegolo não tem dúvidas de que esse é um momento bom para aproveitar as ofertas. O presidente do Sinduscon-RS afirma que os lançamentos foram reduzidos em Porto Alegre e que as vendas estão 30% a 35% abaixo do ano anterior, que já estavam baixas.
O vice-presidente de comercialização do Sistema Secovi-RS, Gilberto Cabeda, lembra que, "quando há período de recessão, não se lança nada, ou apenas o mínimo, para vender o estoque". Segundo ele, a comercialização de imóveis, que já tinha enfrentado um recuo de 30% em 2015 em relação ao ano anterior, continua em baixa neste ano. A situação é mais complicada quando se trata de imóvel comercial, porque "é imóvel de um segundo momento". Além disso, os clientes estão preferindo alugar em vez de comprar.
A pesquisa Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), retratou essa situação ao mostrar que a indústria da construção operou, em março, com 57% da capacidade. Apesar da alta de 1 ponto percentual frente a fevereiro, a utilização da capacidade de operação ficou 10 pontos percentuais abaixo da média histórica para março.
Entre os problemas enfrentados pelo setor, a elevada taxa de juros passou a ser a principal preocupação, apontada por 39,4% dos empresários. A demanda interna insuficiente foi o segundo maior problema, com 35,7% das respostas; seguida da inadimplência dos clientes, com 31,1%. A alta carga tributária - que, no último trimestre de 2015, aparecia em primeiro lugar - foi ultrapassada pelos outros problemas e caiu para o quarto lugar na lista de preocupações dos empresários do setor.

Empresas adotam novas estratégias para fechar contratos

Cabeda acredita que quando a economia der sinais de melhora haverá novamente um movimento em direção à realização do sonho da casa própria

Cabeda acredita que quando a economia der sinais de melhora haverá novamente um movimento em direção à realização do sonho da casa própria


SECOVI-RS/DIVULGAÇÃO/JC
O vice-presidente de comercialização do Sistema Secovi-RS, Gilberto Cabeda, diz que há demanda para aquisição de imóveis, mas os negócios não se concretizam, porque os clientes estão receosos. Ele acredita que, quando a economia começar a dar sinais de melhoria, haverá novamente um movimento em direção à realização do sonho da casa própria. Os financiamentos imobiliários já mostraram em março uma recuperação pontual, com o volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis somando R$ 4,42 bilhões.
Mesmo sem representar uma retomada de negócios nos patamares de 2014 e início de 2015, a recuperação reflete sinais de melhora na demanda e oferta de crédito. O volume emprestado em março representou um aumento de 37,8% em comparação ao de fevereiro, mas teve uma queda de 48% em relação a março de 2015. No primeiro trimestre, foram financiados R$ 10,9 bilhões, montante 54,6% inferior ao registrado nos primeiros três meses do ano passado.
Enquanto as variáveis não se alteram, as empresas adotam estratégias para fechar contratos, e os clientes aproveitam para obter ganhos na negociação. "Agora, os vendedores estão fazendo papel de agente financeiro para poder vender", comenta Cabeda. Para atrair clientes, a R. Correa Engenharia, por exemplo, lançou uma promoção oferecendo um automóvel para quem comprasse um apartamento em algum de seus empreendimentos - Urbano Menino Deus, Urbano São Luiz e Paseo Copacabana.
Segundo a diretora de marketing da empresa, Juliana Rockenbach, a campanha teve bons resultados e serviu para alavancar as vendas, mas não será adotada em outros lançamentos. "A experiência foi positiva, mas não podemos ser repetitivos e insistir nesta promoção que deu certo. Pretendemos, portanto, criar novas campanhas", revelou Juliana.
Evento que se tornou tradicional no calendário imobiliário da cidade, o Melnick Even Day chegou a sua quinta edição no dia 16 de abril. Foram oferecidos descontos de até 36% em diversos empreendimentos. Lançamentos, obras concluídas e em andamento, tanto comerciais quanto residenciais, entraram na promoção, que teve início às 7h. Durante todo o dia, cerca de 2 mil pessoas circularam pela sede da empresa, e o resultado foi de quase 300 contratos fechados.