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Energia

- Publicada em 10 de Maio de 2016 às 20:48

Suprimento desafia a competitividade do setor

Deitos ressalta que tarifas no Brasil estão entre as mais caras do mundo

Deitos ressalta que tarifas no Brasil estão entre as mais caras do mundo


ANTONIO PAZ/JC
O valor pago pela energia elétrica somado à garantia do seu pleno fornecimento com qualidade e confiabilidade está entre as principais preocupações do setor industrial em qualquer país. No caso do Brasil, o diretor e coordenador do grupo temático de energia do conselho de infraestrutura da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Edilson Deitos, afirma que, por diversos fatores, tal preocupação passou a ser uma constante em decorrência de questões relacionadas ao próprio modelo elétrico brasileiro, que já apresenta sinais de falência.
O valor pago pela energia elétrica somado à garantia do seu pleno fornecimento com qualidade e confiabilidade está entre as principais preocupações do setor industrial em qualquer país. No caso do Brasil, o diretor e coordenador do grupo temático de energia do conselho de infraestrutura da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Edilson Deitos, afirma que, por diversos fatores, tal preocupação passou a ser uma constante em decorrência de questões relacionadas ao próprio modelo elétrico brasileiro, que já apresenta sinais de falência.
"Pagamos a conta cara em 2015 pela falta de energia e em 2016 iremos pagar caro pelo sobra da mesma. Com isso a preocupação com a energia elétrica é sempre muito grande, principalmente no que se refere ao valor das tarifas de energia, que se apresentam entre as mais caras do mundo", salienta Deitos. Isso porque elas se constituem dos custos efetivos de sua geração, transmissão e distribuição adicionados de muitos outros encargos de diversas natureza e um alto percentual de impostos.
No caso do Rio Grande do Sul, em determinadas épocas do ano há ainda a falta de geração de energia levando à importação de energia do restante o País, podendo atingir o patamar de até 60% da necessidade. Ele observa que os cronogramas de implementação de redes de transmissão estão atrasados e só não há um impacto maior devido ao desaquecimento da economia. Além disso, as tarifas são superiores em média 14% ao preço médio das tarifas nacionais, por conta a aplicação de uma legislação protecionista a favor do Norte e Nordeste.
Ciente das carências e disposto a fazer uma radiografia do setor, o governo gaúcho apresentou em março o Plano Energético do Rio Grande do Sul para servir de ferramenta para traçar as estratégias nos próximos anos. Na apresentação do plano, o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, reconheceu que entre os obstáculos que precisam ser superados para que o Rio Grande do Sul seja exportador de energia estão a burocracia e custos com os licenciamentos ambientais. Em contrapartida, o Estado apresenta várias oportunidades para aumentar a geração de energia através de diversas fontes como eólica, hídrica, carvão, biomassa, gás e solar, entre outras. No caso da geração eólica, pela projeção da secretaria, até maio de 2018, o Estado terá 2.053,2 MW instalados em 91 parques eólicos, que absorverão um investimento de aproximadamente R$ 8,6 bilhões.
O diretor da Fiergs considera positivo que o governo esteja focado no acompanhamento de todas as fontes de geração de energia, bem como o acompanhamento das questões ambientais e legais junto à Aneel, ONS, EPE e distribuidoras locais. "O setor de energia não se sustenta com ações no curto prazo, o que preocupa é atual crise afetar os investimentos previstos para os próximos anos no Rio Grande do Sul", acrescenta Deitos.
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