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Comércio e Serviços

- Publicada em 10 de Maio de 2016 às 20:42

Novo perfil de consumidor exige adaptações

Treinamento dos funcionários, disponibilidade de produtos de qualidade e condições de pagamento são primordiais para driblar a crise

Treinamento dos funcionários, disponibilidade de produtos de qualidade e condições de pagamento são primordiais para driblar a crise


TREVOR COLLENS/AFP/JC
As lideranças do comércio são unânimes em considerar que há um novo perfil de consumidor, cada dia mais exigente e agora ainda mais cauteloso em relação aos gastos a serem realizados. Para encantar esse novo cliente não basta fazer promoções. É preciso se adaptar aos novos tempos. Nesse esforço de vendas, o presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Su (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, aponta o treinamento dos funcionários, a disponibilidade de produtos de qualidade e condições de pagamento acessíveis como fatores primordiais para driblar a crise. Ele destaca que processos de pós-venda bem conduzidos mostram o interesse das empresas não apenas em vender produtos, mas também em garantir bem-estar aos seus consumidores, estabelecendo vínculos que podem ser determinantes para vendas futuras.
As lideranças do comércio são unânimes em considerar que há um novo perfil de consumidor, cada dia mais exigente e agora ainda mais cauteloso em relação aos gastos a serem realizados. Para encantar esse novo cliente não basta fazer promoções. É preciso se adaptar aos novos tempos. Nesse esforço de vendas, o presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Su (Fecomércio-RS), Luiz Carlos Bohn, aponta o treinamento dos funcionários, a disponibilidade de produtos de qualidade e condições de pagamento acessíveis como fatores primordiais para driblar a crise. Ele destaca que processos de pós-venda bem conduzidos mostram o interesse das empresas não apenas em vender produtos, mas também em garantir bem-estar aos seus consumidores, estabelecendo vínculos que podem ser determinantes para vendas futuras.
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL/Poa), Alcides Debus, não tem dúvidas de que é preciso otimizar ainda mais os custos das operações, cortando sem piedade. "Investir unicamente no desenvolvimento de pessoas. Profissionais bem treinados fazem a diferença", ressalta o dirigente. Debus diz que "só com muito esforço e trabalho é que vamos manter a máquina girando". Ele compara o cenário ao de uma guerra na qual "cada um tem que fazer a sua parte para sobreviver. Não existe receita pronta, pois cada negócio tem a sua especificidade, mas é preciso buscar alternativas. Troque ideias e peça conselhos só para quem ainda tem sucesso. Não admita o conformismo ou o sentimento de derrota, se você é o líder você consegue."
A busca de alternativas combina também com os supermercadistas. "Em épocas de euforia não temos grande expectativa de crescimento e na crise, não nos assustamos", ressalta o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), Antônio Cesa Longo. Mesmo com a expectativa de que o desempenho do setor não seja positivo em 2016, ele considera que "quem escutar o consumidor continuará no mercado". O Ranking Agas 2015 mostra que 29,4% dos supermercados gaúchos pretendem fazer algum tipo de investimento em construção ou reforma de lojas em 2016. Longo observa que o número é praticamente igual ao do ano passado, o que demonstra que o varejista quer garantir a otimização dos seus pontos de venda, melhorar serviços e investir. Na soma de seus investimentos, os supermercados ouvidos pela pesquisa deverão aportar pelo menos R$ 72,3 milhões em novas lojas e R$ 79,5 milhões em reformas durante 2016.
O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Vitor Koch, acredita que o segundo semestre irá manter a tendência histórica de crescimento superior ao que é registrado nos primeiros seis meses do ano. Apesar da queda de 15% verificada no ano passado, ele estima que haverá uma fase de estabilização no segundo semestre, podem alcançar um aumento de 3% e lembra que mesmo com a crise, necessidades básicas terão de ser atendidas. Os segmentos mais afetados são os de maior valor agregado, como automóveis, mas há outros como saúde e beleza que não tiveram queda.
O ingresso de turistas também é um fator importante para esquentar as vendas e movimentar o setor de serviços. A pesquisa "Impactos Econômicos do Turismo de Eventos em Porto Alegre" apresentada pelo Porto Alegre e Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau mostrou que, em 2015, 166 eventos de pequeno, médio e grande porte realizados na capital renderam R$ 125.073.476,00 em gastos pelos turistas. Serviços de hospedagem e alimentação estão entre os mais favorecidos com gastos totais de R$ 28.953.192,39.

Confiança oscila

 A man carries shopping bags as he crosses the street in New York on November 26, 2015. Many retail outlets opened their doors to bargain hunters looking for Black Friday deals on Thanksgiving day, a day earlier than the traditional start to the sales season.  AFP PHOTO/TREVOR COLLENS

A man carries shopping bags as he crosses the street in New York on November 26, 2015. Many retail outlets opened their doors to bargain hunters looking for Black Friday deals on Thanksgiving day, a day earlier than the traditional start to the sales season. AFP PHOTO/TREVOR COLLENS


TREVOR COLLENS/AFP/JC
Os empresários têm se esforçado para manter o ânimo. O Índice de Confiança do Comércio (ICEC-RS) encerrou o mês de abril com uma pequena elevação de 1,1% em relação ao mesmo período de 2015. O indicador, aos 81,8 pontos, divulgado pela Fecomércio-RS, aponta para estabilização, mas em um patamar pessimista do nível de confiança dos empresários. As expectativas em relação ao futuro melhoraram em relação ao mesmo mês de 2015, no entanto, ainda estão abaixo do nível médio histórico. O indicador que mede a percepção do empresariado em relação às condições atuais (ICAEC) atingiu em abril 48,0 pontos, uma queda de 2,0% em relação ao mesmo mês de 2015, e recuo de 6,3% frente a março deste ano.
Independentemente da situação de cada ramo de atividade, o cenário atual está fortalecendo a união empresarial. A avaliação é da presidente da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), Simone Leite. Primeira mulher a presidir a entidade, ela afirma que estão surgindo novas lideranças principalmente no Interior. "Pessoas com capacidade de liderança agora estão se dando conta de que precisam trabalhar unidas para que uma solução seja encontrada", avalia a dirigente empresarial. Simone percebe que os empreendedores estão buscando resultado. "Eles se associam e estão mais participativos. Então, para que haja de fato uma solução coletiva é preciso que cada um se empenhe e trabalhe, e isso é um bom momento", acrescenta.