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- Publicada em 04 de Maio de 2016 às 21:29

Busca por alternativas reflete cenário atual

Chmelnitsky ressalta que situação se agrava para os restaurantes, com a insegurança que afasta os clientes

Chmelnitsky ressalta que situação se agrava para os restaurantes, com a insegurança que afasta os clientes


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Angela Caporal
A euforia provocada pela realização da Copa do Mundo no Brasil deu lugar a uma nova realidade na qual inovação e criatividade são essenciais para driblar a crise, atrair e fidelizar o cliente. Há um novo padrão de consumo das famílias e as pesquisas já refletem esse cenário. Levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais e em cidades do Interior e divulgado em abril mostra que 85,9% dos brasileiros foram obrigados a ajustar o orçamento doméstico para se defender dos efeitos da crise. Por causa do agravamento da situação econômica, 87% dos entrevistados admitiram que estão dedicando mais tempo para pesquisar preços.
A euforia provocada pela realização da Copa do Mundo no Brasil deu lugar a uma nova realidade na qual inovação e criatividade são essenciais para driblar a crise, atrair e fidelizar o cliente. Há um novo padrão de consumo das famílias e as pesquisas já refletem esse cenário. Levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais e em cidades do Interior e divulgado em abril mostra que 85,9% dos brasileiros foram obrigados a ajustar o orçamento doméstico para se defender dos efeitos da crise. Por causa do agravamento da situação econômica, 87% dos entrevistados admitiram que estão dedicando mais tempo para pesquisar preços.
A pesquisa revela que 79,1% evitam comprar produtos e serviços com os quais sempre estiveram acostumados, 76,9% estão optando por produtos de marcas mais baratas, 75,5% deixaram de viajar e 71,3% pararam de sair com os amigos para bares e restaurantes. Também 56,8% resolveram cortar gastos com produtos de beleza e 30,7% reduziram serviços como internet e celular 28,9% estenderam o corte à TV por assinatura. Além disso, 25,9% dos entrevistados deixaram de ir à academia e 25,1% tiveram de abandonar cursos de idioma, escolas particulares ou faculdades.
Os números atestam que há um encolhimento em vários ramos e, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fevereiro teve o pior resultado para o mês na série iniciada em 2012 com um recuo de 4% no faturamento desses negócios incluindo salões de beleza, imobiliárias, oficinas mecânicas, escritórios de advocacia, agências de turismo, companhias aéreas e hotéis, entre outros.
Pesou nesse resultado a queda de 5,3% no volume total da atividade de serviços de informação e comunicação sobre o mesmo mês de 2015, com impacto negativo de 2,2 pontos percentuais. Também houve uma redução de 4,3% dos serviços profissionais, administrativos e complementares. Para enfrentar esses novos tempos de dinheiro escasso e onde as famílias estão revendo orçamentos e cortando gastos que considerem supérfluos, os empresários buscam alternativas.
É o caso do ramo hoteleiro. Segundo o Sindicato de Hotelaria de Porto Alegre (Shpoa), a taxa de ocupação média tem sido de 45% e o número de leitos disponíveis é de cerca de 20 mil leitos em Porto Alegre. Quando indagado sobre como os hotéis estão driblando a crise, o presidente Carlos Henrique Schmidt responde: "Não estamos driblando, estamos enfrentando com criatividade, inovação e infelizmente reduzindo o contingente de funcionários".
Os bares e restaurantes também percebem encolhimento dos fregueses e de acordo com o Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região (Sindha), o mercado como um todo está retraído e reflete no movimento. "Nos restaurantes temos ainda a inflação e insegurança que afastam os consumidores", afirma o presidente da entidade, Henry Chmelnitsky.
Para não ficar apenas assistindo o encolhimento de suas operações, os empresários procuram se adaptar. Uma das ferramentas é o uso das redes sociais. Com esse objetivo o Sindha promoveu o workshop "Redes Sociais para Hospedagem e Alimentação - Como aumentar as vendas usando as redes sociais", para tratar da potencialidade das mídias sociais e o impacto que podem gerar nas vendas e resultados de empresas no ramo de hotelaria e gastronomia, aproveitando o hábito dos consumidores de compartilharem suas experiências. Outro projeto é o de transformar Porto Alegre também em um polo de turismo de saúde, aproveitando a alta qualidade de sua rede de hospitais.
Tirar bom proveito das tendências é a proposta do projeto do Plaza Senior Living, que ocupará o lugar do antigo Plazinha, em Porto Alegre, apostando na longevidade da população. Com investimento previsto de R$ 10 milhões, o empreendimento terá espaços de moradia, entretenimento e saúde. A infraestrutura prevê biblioteca, sala de informática, de reuniões, cinema, capela ecumênica, restaurante, sala de conveniência, sala de jogos, espaço gourmet, salão de festas, terapias ocupacionais, natação e hidroginástica, café da tarde, academia, pilates, assistência ambulatório 24h, consultórios médicos, sala de massagem e fisioterapia. A reforma deverá ficar pronta em janeiro 2017, segundo informações da assessoria da MSH Hotéis, empresa do Grupo M.Stortti responsável pelo plano de negócios.
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