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Entrevista

- Publicada em 04 de Maio de 2016 às 21:20

Foco nas entregas e nas vendas de estoque

Sessegolo destaca percentual de distratos acima da média como um momento bom para o comprador

Sessegolo destaca percentual de distratos acima da média como um momento bom para o comprador


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Angela Caporal
Ricardo Antunes Sessegolo, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon), fala sobre o atual cenário econômico e político do Brasil. Para ele, a construção civil vem a reboque da economia e estásofrendo muito com a conjuntura.
Ricardo Antunes Sessegolo, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon), fala sobre o atual cenário econômico e político do Brasil. Para ele, a construção civil vem a reboque da economia e estásofrendo muito com a conjuntura.
Jornal do Comércio - Como o senhor avalia o cenário atual para a construção civil?
Ricardo Antunes Sessegolo - O cenário é restritivo, como está em todo o Brasil. A construção civil vem a reboque da economia. Se a economia, no ano passado, teve uma retração de 3%; neste ano, tem mais 3%; no outro ano, foi 1,5% de queda. Tudo isso na construção civil é um reflexo da economia no País. A construção civil vem sofrendo muito fortemente com toda essa conjuntura.
JC - Qual a expectativa para o segundo semestre? Com a definição do quadro político, poderá haver alterações para melhor?
Sessegolo - Se solucionasse o assunto politico deste País, já será muito bom. Estamos parados praticamente desde outubro discutindo as fases da Lava Jato e o tema politico, não trabalhando e não fazendo uma pauta positiva para o Brasil, e a construção civil também para dentro desse contexto. Passado o cenário do impeachment e trocando a gestão do País, a ideia é que se dê início a uma pauta positiva. Nós perdemos o foco, o foco passou a ser outras coisas. Na dúvida, ninguém se arrisca, e vai havendo uma paralisação aos poucos em todos os empreendimentos, tanto é que se lançou muito pouco neste ano em Porto Alegre, e as vendas estão 30 a 35% abaixo do ano anterior, que já estava baixo. Estamos preparando as nossas empresas para um patamar de vendas muito baixo, ou seja, isso significa mais desemprego ainda. Não tem o que fazer. Não conseguimos manter a estrutura das empresas sem obras. Infelizmente, levamos anos para formar mão de obra, e agora não há alternativas sem ser a dispensa.
JC - Como está a questão de liberação de novos projetos?
Sessegolo - A liberação de projetos não é o maior impedimento agora para que as empresas retomem seu nível de atividade. A construção civil é o primeiro setor a parar em épocas de crise e também o último a se movimentar quando o cenário melhora. Para a indústria brasileira como um todo, 2016 é quase um ano perdido. A situação poderá voltar a melhorar a partir de 2017 com uma nova gestão e um novo governo.
JC - Qual o principal desafio neste momento?
Sessegolo - O foco das empresas agora é nas entregas, nas vendas de estoques. Não podemos perder vendas nem clientes. O percentual de distratos, que fica em uma média de 11%, está em 21% a 22%. É um momento bom para o comprador.
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