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Agronegócios

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 17:21

Produção de milho não atende demanda interna

Valor médio da saca no Estado chegou a R$ 27,67 na última semana

Valor médio da saca no Estado chegou a R$ 27,67 na última semana


PALÁCIO PIRATINI/JC
A produção estimada da safra de milho deverá ficar em 4,7 mil toneladas, recuo de 16,4% em relação à anterior. O volume também não atende a demanda interna do Estado. O ideal seria uma produção de 7 mil toneladas, segundo o engenheiro agrônomo da Emater/RS, Alencar Paulo Rugeri. "Temos um mar de soja e um pingo de milho. Em área plantada, o milho representa apenas 15% do espaço destinado à soja. Uma condição favorável seria de 33%", diz o especialista, que defende uma rotação de cultura entre os dois grãos.
A produção estimada da safra de milho deverá ficar em 4,7 mil toneladas, recuo de 16,4% em relação à anterior. O volume também não atende a demanda interna do Estado. O ideal seria uma produção de 7 mil toneladas, segundo o engenheiro agrônomo da Emater/RS, Alencar Paulo Rugeri. "Temos um mar de soja e um pingo de milho. Em área plantada, o milho representa apenas 15% do espaço destinado à soja. Uma condição favorável seria de 33%", diz o especialista, que defende uma rotação de cultura entre os dois grãos.
O desequilíbrio entre as produções ocorre devido ao alto custo da produção de milho em relação à soja. A boa notícia vem do Relatório Econômico 2015 e Perspectivas 2016 da Farsul, que trabalha com expectativa de melhora no preço do cereal. "A cadeia do milho está muito ligada a da proteína. Existe uma preocupação forte em ter cereais suficientes para atender a demanda. A expectativa é reverter essa tendência", afirma Rugeri.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Milho do RS (Apromilho), Cláudio Luiz de Jesus, o momento é bom para os produtores. No entanto, ele defende a união de todos os órgãos públicos e entidades envolvidas para analisar melhor o setor. "Existem muitas informações e números desencontrados. Para sabermos onde está o milho do Rio Grande do Sul precisamos ter um mapa mais concreto de quantos produtores e área plantada temos. Só assim poderemos construir políticas públicas eficazes, estoques reguladores, preço mínimo e seguro que proteja o produtor", afirma Jesus.
Grande parte da produção gaúcha do cereal abastece as cadeias de frango, suíno e leite. Entretanto, o cenário mudou. O Estado passou de exportador para importador de milho. Para atender à demanda são comprados grãos no Mato Grosso, Paraná e até no Paraguai.
A escassez do produto não só no Rio Grande do Sul, mas em todo País, colocou em alerta a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Conforme a entidade, os embarques de milho para outros países continuam elevados, reduzindo a capacidade de abastecimento do mercado interno. O presidente executivo da ABPA, Francisco Turra, afirma que é necessário manter as duas cadeias saudáveis (cereais e proteínas) para a sustentabilidade dos negócios. "O cenário cambial tornou atrativo importar milho do Brasil e da Argentina. Temos uma bela safra à vista, mas a evasão do insumo está se transformando em um problema grave. Enquanto enfrentamos escassez por aqui, vemos situações como a dos Estados Unidos, que é o grande concorrente internacional do Brasil nas exportações de carne de frango e vive uma super oferta em seus silos", explica.
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