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Economia

- Publicada em 31 de Maio de 2016 às 20:11

Bovespa cai 1,01%, e dólar tem alta de 0,92%

Em um dia marcado por incertezas nos cenários interno e externo, a Bovespa fechou em queda de 1,01%, aos 48.471 pontos ontem. A possibilidade de elevação dos juros nos Estados Unidos, a instabilidade das commodities e o desconforto com o cenário político doméstico foram apenas alguns dos motivos para a cautela do investidor da renda variável.
Em um dia marcado por incertezas nos cenários interno e externo, a Bovespa fechou em queda de 1,01%, aos 48.471 pontos ontem. A possibilidade de elevação dos juros nos Estados Unidos, a instabilidade das commodities e o desconforto com o cenário político doméstico foram apenas alguns dos motivos para a cautela do investidor da renda variável.
A queda do dia foi determinada pelo setor financeiro, responsável por cerca de 25% da carteira do Ibovespa. Os papéis foram puxados pelas ações do Bradesco, que aceleraram as perdas à tarde, depois da notícia de que a Polícia Federal (PF) indiciou o presidente, Luiz Carlos Trabuco, e dois executivos do banco no inquérito da Operação Zelotes que investiga compra de decisões no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Em nota, o Bradesco nega a contração de serviços ou negociação de Trabuco com o grupo investigado pela PF. Ainda assim, Bradesco PN terminou o dia em queda de 5,00%, e Bradesco ON recuou 3,69%.
O cenário político doméstico foi fator de desconforto durante todo o dia e, segundo operadores, também influenciou o mercado, por incentivar maior cautela. Depois de Romero Jucá ter deixado o Ministério do Planejamento, na semana passada, ontem foi a vez de Fabiano Silveira pedir demissão do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. A segunda baixa do governo Temer, que teve início no último dia 12, também está relacionada à revelação de áudios comprometedores. Assim como Jucá, Silveira foi flagrado articulando contra a Operação Lava Jato.
O petróleo chegou a subir pela manhã, contribuindo para a alta da Bovespa no início dos negócios, mas inverteu a tendência à tarde e arrastou as bolsas americanas. Com isso, Petrobras ON e PN tiveram queda de 3,78% e de 4,06%, respectivamente. Já a alta do dólar alimentou as ações de empresas exportadoras, que se destacaram em alta. Fibria ON disparou 5,03%, beneficiada também pelo anúncio de reajuste de preços da celulose. Com o resultado de hoje, o Índice Bovespa terminou o mês contabilizando queda de 10,09%.
O dólar encerrou o último pregão do mês em alta e acima dos R$ 3,60 no mercado à vista, sustentado por incertezas no Brasil e expectativa de elevação de juros nos EUA.
O dólar à vista terminou com alta de 0,92%, aos R$ 3,6111 - maior valor desde o fechamento, em 7 de abril deste ano, a
R$ 3,6855. Em maio, a moeda acumulou alta de 5,05%, mas, em 2016, computa baixa de 8,81%.
O ganho da moeda norte-americana só não foi maior por causa da realização de dois leilões de linha, que ajudaram a conter a valorização de preços, segundo operadores das mesas de câmbio. As operações, que equivalem a empréstimo em dólares com prazo de recompra programado pelo Banco Central (BC), ocorreram em dia de definição da última taxa Ptax do mês. Apesar da alta no mercado à vista, a última taxa Ptax de maio caiu 0,13%, para R$ 3,5951.
 
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