Os contratos futuros de petróleo registraram leve alta nesta segunda-feira, às vésperas da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que acontece na quinta-feira. Dirigentes do cartel vão discutir o quadro de excesso de oferta mundial, responsável pela forte queda dos preços nos últimos meses.
A sessão teve pouco volume de negociação, em meio a feriados nacionais que fecharam as bolsas em Nova York e em Londres. No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o último contrato do WTI para julho foi negociado a US$ 49,60 por barril, alta de US$ 0,27 (0,54%) em relação ao fechamento da sexta-feira.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto, o mais líquido, fechou em alta de US$ 0,41 (0,82%), a US$ 50,36 por barril.
A preocupação com o desequilíbrio entre oferta e demanda, no entanto, vem recuando nas últimas semanas, em meio a uma série de eventos que prejudicaram a produção em países como Canadá, Nigéria e Venezuela. Cerca de 3,5 milhões de barris por dia deixaram de ser produzidos nas últimas semanas, levando os preços a voltarem para o patamar de US$ 50 por barril pela primeira vez em seis meses.
Muitos acreditam, entretanto, que esses fatores são passageiros e que o excesso de oferta pode voltar a qualquer momento, especialmente se a Opep decidir elevar a produção.
"Os países da Opep são contra o corte da produção porque muitos estão em dificuldades financeiras", disse Alan Oster, economista-chefe do National Australia Bank.