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Habitação

- Publicada em 22 de Maio de 2016 às 22:12

Feirão da Caixa supera R$ 1,1 bilhão em vendas

Natasha e Machado fecharam a compra de seu primeiro imóvel

Natasha e Machado fecharam a compra de seu primeiro imóvel


FREDY VIEIRA/JC
Mais de R$ 1,1 bilhão em negócios foram fechados durante os três dias da 12ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria, em Porto Alegre. O evento superou as expectativas não só de negociações, mas também de público, que ultrapassou a marca de 15 mil visitantes. A maioria das negociações girou em torno do financiamento de habitação popular do programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) e das demais operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cujo teto no Rio Grande do Sul é de R$ 200 mil.
Mais de R$ 1,1 bilhão em negócios foram fechados durante os três dias da 12ª edição do Feirão Caixa da Casa Própria, em Porto Alegre. O evento superou as expectativas não só de negociações, mas também de público, que ultrapassou a marca de 15 mil visitantes. A maioria das negociações girou em torno do financiamento de habitação popular do programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) e das demais operações com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), cujo teto no Rio Grande do Sul é de R$ 200 mil.
O subsídio do governo federal foi o atrativo para grande parte dos consumidores, a exemplo do metalúrgico Emerson Machado e da namorada Natasha Biazoli. Eles adquiriram uma casa na planta, com entrega prevista para março de 2017, em um condomínio fechado localizado no bairro Granja Esperança, em Cachoeirinha. "O valor do imóvel passou de R$ 170 mil para R$ 138 mil. Estamos muito felizes de ter o financiamento aprovado", afirmou Natasha, que é estudante de Direito. "Agora, é aguardar 20 dias, quando iremos assinar o contrato de compra com a Caixa."
"Esta edição foi basicamente focada em atender à demanda de famílias com renda bruta intermediária de até R$ 6,5 mil", comenta o superintendente Executivo de Habitação da Caixa Econômica Federal (CEF), Anderson da Cunha Possa. A maioria dos 15,5 mil imóveis em oferta se enquadrou na categoria popular, que, além de poder utilizar o subsídio do governo federal de até R$ 25 mil (pelo Minha Casa Minha Vida), tem as taxas de juros (que variam de 5% a 8%) mais baixas e podem ser financiados em até 90%.
Para imóveis acima de R$ 200 mil, o financiamento cai para 80%, e o juros variam de 10% a 12%. "Cerca de 90% dos nossos produtos são destinados à habitação popular, localizados em Porto Alegre, Cachoeirinha e Canoas", afirma o gerente comercial da Bolognesi, construtora que comercializou 200 imóveis durante os três dias de evento, alcançando um VGV (valor geral de vendas) de R$ 30 milhões. O superintendente da CEF explica o bom desempenho do evento: "Não houve desaquecimento de demanda nesta faixa de valores. Prova disso é que, neste ano, a visitação foi maior que em 2015, quando 11 mil pessoas compareceram durante os três dias de feira".
No total, 35 construtoras, 33 imobiliárias e 37 correspondentes imobiliários da Caixa ocuparam os estandes do Centro de Exposições da Fiergs, onde ocorreu o Feirão. "A maioria destes parceiros afirmou que a finalização de negócios dentro da feira também foi maior que no ano passado", destaca Possa. As ofertas incluíram 28 empreendimentos novos, de um total de 12,5 mil imóveis zero e 3 mil usados. "Estamos captando bastante clientes, mas a maioria não está comprando no ato, porque o padrão dos nossos imóveis em prateleira é de médio a alto", comenta o corretor da Imobiliária Foxter, Leandro Padrax, ao destacar que a empresa preparou descontos especiais para o Feirão. "Os imóveis de médio padrão estavam com descontos de mais de R$ 100 mil", exemplifica.
Confirmando que o mercado de habitações populares se mantém aquecido, a diretora Comercial da MRV, Lilian Tavares, comemora: "Somente neste domingo, vendemos mais de 50 unidades". A incorporadora esteve presente no Feirão com mais de 3 mil imóveis localizados em Porto Alegre e Região Metropolitana.
 

Indecisos aproveitam para pesquisar preços e oportunidades

Remo, a esposta Marta (c) e a filha Vanessa (d) aproveitaram para conferir as oportunidades

Remo, a esposta Marta (c) e a filha Vanessa (d) aproveitaram para conferir as oportunidades


FREDY VIEIRA/JC
Apesar do elevado número de vendas, nem todos os consumidores que circularam pela Fiergs decidiram fechar negócio no evento. Alguns estavam inclusive estreando a busca por ofertas para a compra de uma casa própria dentro da feira. Por volta das 16h de domingo, a servidora pública da prefeitura de Porto Alegre, Graziela Severo da Silva, chegou ao centro de exposições acompanhada do marido e da filha buscando encontrar um imóvel com valor até R$ 160 mil. "Nossa renda familiar é de R$ 5 mil e ainda moramos de aluguel. Mas hoje vamos só dar uma olhada, pois queremos pensar bem, para não assumir uma parcela muito alta."
O advogado Remo Valim também preferiu ponderar. Ele e a esposa Marta foram à Fiergs na tarde de ontem para procurar um apartamento para a filha Vanessa Valim, de 33 anos. Mãe de duas crianças, Vanessa é biomédica e conta com renda familiar de R$ 6 mil. Procurando um imóvel na faixa de R$ 200 mil, a ideia da família era aproveitar o subsídio do Minha Casa Minha Vida. "No entanto, os apartamentos desta faixa são um pouco mais distantes, teremos que ir no local para verificar a estrutura antes de decidir comprar", explica o pai da biomédica. "A ideia hoje é pesquisar. Queremos comprar em breve, mas não será hoje", afirma Valim, que sempre adquiriu imóveis a longo prazo. O trio chegou no Feirão às 10h de domingo e percorreu praticamente todos os estandes espalhados em 2,4 mil m². "Tem bastante imóvel bom, mas tem que aliar o preço à distância. Ainda vamos pensar melhor."

CEF deve injetar R$ 90 bilhões em financiamentos durante 2016

Considerado o maior do ramo imobiliário, o Feirão da Caixa acontece também em outras 13 cidades do País, até junho de 2016. Na edição de Porto Alegre, a instituição manteve um espaço com dezenas de funcionários especializados em crédito habitacional para ajudar os consumidores a realizar uma simulação, com base nos documentos. "A partir da renda da família, fica mais fácil decidir qual imóvel é mais adequado", lembra Possa.
Além do espaço de triagem, a instituição esteve presente com outros dois estandes: Caixa Seguradora, oferecendo serviços de seguro comercial e residencial; e Caixa Imóveis, com oferta de financiamento para compra de unidades retomadas por inadimplência ou entregues como garantia em operações com a Caixa. Conforme Possa, em 2015, a CEF injetou R$ 90 bilhões em financiamento habitacional no País.