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Economia

- Publicada em 22 de Maio de 2016 às 22:15

Governo Temer divulga metas fiscais amanhã

Meirelles diz que anúncio privilegiará ações consideradas mais relevantes pelo Poder Executivo no momento

Meirelles diz que anúncio privilegiará ações consideradas mais relevantes pelo Poder Executivo no momento


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O governo interino do presidente Michel Temer deve anunciar amanhã as medidas fiscais a serem adotadas de forma emergencial. Uma fonte do Palácio do Planalto informou que o anúncio será às 11h, e que Temer irá ao Congresso às 16h desta segunda-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para apresentar algumas das ações que deverá adotar.
O governo interino do presidente Michel Temer deve anunciar amanhã as medidas fiscais a serem adotadas de forma emergencial. Uma fonte do Palácio do Planalto informou que o anúncio será às 11h, e que Temer irá ao Congresso às 16h desta segunda-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para apresentar algumas das ações que deverá adotar.
De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, as equipes técnicas que tratam das medidas fiscais trabalharam neste fim de semana e devem continuar reunidas durante o dia de hoje para definir as medidas que serão tratadas com Temer antes do anúncio oficial. "Estamos tomando muito cuidado para fazer o anúncio de números, como é o caso da meta fiscal, ou de medidas que tenham sido analisadas com cuidado e profundidade em todos os aspectos e que, portanto, quando anunciadas, sejam eficazes em primeiro lugar e, em segundo lugar, sejam de fato implementadas", explicou Meirelles.
O ministro destacou que o foco do governo é divulgar ações que não serão alteradas, que progridam e que sejam aprovadas. "Em resumo, tudo bem negociado, bem estruturado, de maneira que possamos ter medidas que possam fazer efeito em prazo relativamente rápido e que revertam a trajetória de dívida que estamos vendo hoje e estamos todos preocupados", comentou. "O País inteiro está preocupado com a situação fiscal e da economia, e nós temos que reverter isso o mais rápido possível", acrescentou. Meirelles declarou que o governo não contempla aumento de impostos entre as medidas de ajuste fiscal que serão anunciadas. "Não estamos descartando, dizendo que nunca será aumentado imposto, mas que, no momento, não estamos contemplando aumento de impostos." 
As ações que serão divulgadas amanhã são, segundo o ministro, aquelas consideradas pelo Poder Executivo como as mais relevantes no momento. "Não há dúvida de que medidas anunciadas nesta terça-feira não vão esgotar tudo aquilo que está em estudo e que poderá ser anunciado posteriormente", disse. 
Segundo Meirelles, a dimensão do déficit primário de R$ 170,5 bilhões, acima do imaginado por autoridades do governo, "acentuou a preocupação", com a perspectiva do endividamento da União para os próximos anos. "Mas já tínhamos uma ideia muito correta e precisa de que a trajetória de crescimento da dívida pública é insustentável nos parâmetros atuais." O mesmo discurso foi defendido pelo ministro do Planejamento, Romero Jucá. "No curto prazo, não está no horizonte aumento de impostos", alegou, ressaltando que quem define este tema é o presidente Michel Temer. Jucá apontou que as medidas econômicas precisam ser adotadas com rapidez, porque o PIB deve cair de forma sensível neste ano, e o desemprego está em pleno avanço.
O ministro ressaltou um tema destacado hoje pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que as ações do governo para ajustar as contas públicas serão adotadas e não terão retorno. "Medida de austeridade, para mudar a realidade econômica, recuperar a segurança jurídica junto a investidores esse é um mantra permanente que vamos buscar. Não tem recuo", garantiu. Além disso, Jucá adiantou que as primeiras medidas econômicas não envolverão aumento de impostos e reforma na Previdência.  
O ministro do Trabalho e Previdência Social, Ronaldo Nogueira, afirmou que todas as medidas que envolvam os trabalhadores passarão por discussão prévia com a sociedade. "Nada será imposto ou anunciado sem que antes seja conversado com o trabalhador. O trabalhador terá seu lugar garantido na mesa, não será surpreendido, será protagonista", disse Nogueira.
 
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