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Economia

- Publicada em 19 de Maio de 2016 às 18:40

Desemprego avança em todo o País

 MATÉRIA SOBRE EMPREGOS, CARTEIRA DE TRABALHO SENDO ASSINADA.     NA FOTO: CARTEIRA DE TRABALHO.     EMPREGO, TAXAS DE EMPREGO, DESEMPREGO, TAXAS DE DESEMPREGO. CTPS, EMPREGO

MATÉRIA SOBRE EMPREGOS, CARTEIRA DE TRABALHO SENDO ASSINADA. NA FOTO: CARTEIRA DE TRABALHO. EMPREGO, TAXAS DE EMPREGO, DESEMPREGO, TAXAS DE DESEMPREGO. CTPS, EMPREGO


GABRIELA DI BELLA/ARQUIVO/JC
Na passagem do último trimestre de 2015 para o primeiro deste ano, saltou de seis para 17 o número de estados com desemprego de dois dígitos, mais o Distrito Federal. As maiores taxas no primeiro trimestre de 2016 foram observadas na Bahia (15,5%), Rio Grande do Norte (14,3%) e Amapá (14,3%). As menores taxas foram as de Santa Catarina (6,0%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%).
Na passagem do último trimestre de 2015 para o primeiro deste ano, saltou de seis para 17 o número de estados com desemprego de dois dígitos, mais o Distrito Federal. As maiores taxas no primeiro trimestre de 2016 foram observadas na Bahia (15,5%), Rio Grande do Norte (14,3%) e Amapá (14,3%). As menores taxas foram as de Santa Catarina (6,0%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Rondônia (7,5%).
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral para Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Dos 17 estados com desemprego de dois dígitos, 10 têm taxas maiores do que a média nacional para o mesmo período, que ficou em 10,9% - a maior da série histórica, iniciada em 2012 -, atingindo 11,1 milhões de pessoas. Todos os 26 estados registraram aumento do desemprego na passagem de trimestre. Na passagem de um ano, houve alta em 24.
"Houve um aumento expressivo e generalizado em todo o território nacional do desemprego, causado pela perda de postos de trabalho", resumiu Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. Ele pondera que, na passagem de ano, sempre há um aumento da taxa em razão do desligamento dos temporários, mas a crise intensificou essa alta. Bruno Ottoni, especialista em mercado de trabalho do Ibre/FGV, observa que os dados mostram que as empresas decidiram de vez fazer o ajuste via demissões. "Primeiro, as empresas ajustam as horas trabalhadas, reduzem jornadas, aplicam lay-off. Mas, diante da falta de perspectiva de crescimento neste ano, decidiram demitir."
Por região, o índice de desemprego do Nordeste atingiu 12,8% no primeiro trimestre de 2016 e é o maior do País. A taxa é 1,9 ponto percentual maior do que a média nacional para o período. A segunda maior taxa de desemprego está no Sudeste (11,4%), que também ficou acima da média nacional, seguida pelo Norte (10,5%), Centro-Oeste (9,7%) e Sul (7,3%), única região onde todos os estados têm desemprego inferior aos dois dígitos. De acordo com o IBGE, o desemprego cresceu em todas as cinco regiões, tanto na comparação com o trimestre anterior, encerrado em dezembro de 2015, quanto com o mesmo período do ano passado.
Historicamente, explica Azeredo, Norte e Nordeste têm taxas de desemprego maiores do que o Sul em razão das características bastante antagônicas dos dois mercados. "No Nordeste, você tem uma população mais jovem, portanto menos experiente, um desenvolvimento econômico e industrial bem inferior ao observado nas outras regiões, menor nível de escolaridade e mais informalidade. Já no Sul, há um processo completamente diferenciado. Até a informalidade, que é menor, é mais organizada. Você tem ainda um processo de desenvolvimento econômico diferenciado, maior nível de escolaridade."
Com relação aos salários, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil - que foi de R$ 1.966,00 - nas regiões Sudeste (R$ 2.299,00); Centro-Oeste
(R$ 2.200,00); e Sul (R$ 2.098,00), enquanto Norte (R$ 1.481,00) e Nordeste (R$ 1.323,00) ficaram abaixo da média. Na análise por estados, o DF apresentou o maior rendimento (R$ 3.598,00), seguido por São Paulo (R$ 2.588,00) e Rio de Janeiro (R$ 2.263,00). Os menores rendimentos foram registrados no Maranhão (R$ 1.032,00), Piauí
(R$ 1.263,00) e Ceará (R$ 1.285,00).
A soma dos salários da população empregada, a massa de rendimento médio real habitual dos ocupados, ficou em
R$ 90,6 bilhões na região Sudeste; R$ 29,5 bilhões no Sul; R$ 27,6 bilhões no Nordeste; R$ 15,7 bilhões no Centro-Oeste; e R$ 9,8 bilhões no Norte.
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