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Economia

- Publicada em 18 de Maio de 2016 às 21:46

Comércio quer jornadas flexíveis

Pinheiro esteve em Porto Alegre

Pinheiro esteve em Porto Alegre


FREDY VIEIRA/JC
Guilherme Daroit
A flexibilização nos horários de trabalho é a principal reivindicação do comércio e dos serviços brasileiros, cujas entidades já fazem lobby junto ao Congresso para discussão da matéria. A afirmação é do presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), George Teixeira Pinheiro, fazendo alusão à Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio. Criada em 2015, a Frente já conta com mais de 270 deputados e senadores. "O mundo mudou, não somos mais o País de 1940", afirma Pinheiro.
A flexibilização nos horários de trabalho é a principal reivindicação do comércio e dos serviços brasileiros, cujas entidades já fazem lobby junto ao Congresso para discussão da matéria. A afirmação é do presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), George Teixeira Pinheiro, fazendo alusão à Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio. Criada em 2015, a Frente já conta com mais de 270 deputados e senadores. "O mundo mudou, não somos mais o País de 1940", afirma Pinheiro.
Para exemplificar a reclamação, o presidente utilizou a situação de grandes eventos e supermercados. "No Rock in Rio, a maior dificuldade para a organização foi conseguir contratar equipe, já que o festival ocorria durante a madrugada", afirmou.
Palestrante da reunião-almoço Tá na Mesa, realizado pela Federasul ontem, em Porto Alegre, Pinheiro também sustenta que, em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo, onde há consumidores para manter o varejo aberto durante a madrugada, o empecilho às empresas também reside na contratação de funcionários para aquele turno. "A grande dificuldade dos empresários hoje é que ninguém mais tem horário fixo. Queremos mostrar que, com o comércio abrindo a hora que quiser, vai gerar muito mais empregos", continuou.
A preocupação se estenderia também a projetos de lei em diversas cidades brasileiras com a intenção de proibir a abertura de lojas aos domingos. A interlocução com os parlamentares está sendo realizada pela União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), que envolve a CACB e outras seis associações, criada em 2014 "para gerar uma representatividade política maior e fazer o lobby que é preciso fazer", conta o mandatário.
Sobre o fato de mudar a legislação em um momento turbulento da política nacional, Pinheiro afirma que já existiram situações melhores, mas que o momento exige mudanças. "É a hora de um freio de arrumação, é natural que se façam reformas política, econômica, trabalhista, previdenciária. Temos pressa", defende o presidente da CACB, que defende que isso seria feito sem mexer nos direitos dos trabalhadores. Pinheiro cita o dado de que, apenas em shoppings centers, há 12,3 mil lojas vagas, sem nenhum interessado em assumi-las, para quantificar o tamanho da crise no setor.
Ao mesmo tempo, porém, Pinheiro argumenta que é preciso dar tempo para se julgar o governo interino. "Temos que ter consciência de que o governo não tem varinha mágica, não é só trocar A por B", argumenta.
A preocupação com as jornadas de trabalho se estende, também, à aproximação do período dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em agosto. "É um evento que tem valor para o País, pela divulgação que terá em todo o mundo", defende Pinheiro. O presidente espera que, com a infraestrutura criada, com 16 mil novos leitos na capital fluminense, o Rio de Janeiro possa absorver grandes eventos, hoje, restritos a São Paulo.
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