Alimentos in natura elevam prévia do IGP-M de maio

Os alimentos in natura estão mais caros em uma época em que esse comportamento não é esperado. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou ontem a segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de maio, que acelerou a 0,68%, diante de 0,30% em abril. Entre os itens que estão mais caros para o consumidor estão a batata-inglesa e o mamão.

Por causa dos alimentos, é possível que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial divulgada pelo IBGE, tenha um fator de pressão a mais. "Tem muita coisa subindo, como não era de se esperar, contrariando o padrão sazonal. Isso ainda é influência de fenômeno climático. No segundo semestre, esse efeito pode se atenuar", disse o superintendente adjunto de Inflação da FGV, Salomão Quadros.

Na segunda prévia do IGP-M, os alimentos in natura subiram 3,45% no atacado, contra alta de 1,77% na segunda prévia do mês passado. No varejo, foi visto o mesmo comportamento. As hortaliças e legumes avançaram 1,89%, contra queda de 0,56% em abril. Com isso, o grupo alimentação saiu de 0,68% para 0,70% no período.

A soja subiu 9,63%, enquanto o farelo de soja ficou 16,66% mais caro, o que gera impacto no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que teve alta de 0,46 ponto percentual, de 0,29% para 0,75%, na passagem do mês.