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Economia

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 20:26

Alavancagem líquida da Petrobras fecha o primeiro trimestre em 58%

Agência Estado
A alavancagem líquida da Petrobras, medida pela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido, fechou o primeiro trimestre em 58%, abaixo da marca de 60% verificada ao término de dezembro de 2015, mas acima dos 52% observados ao final de março do ano passado.
A alavancagem líquida da Petrobras, medida pela relação entre endividamento líquido e patrimônio líquido, fechou o primeiro trimestre em 58%, abaixo da marca de 60% verificada ao término de dezembro de 2015, mas acima dos 52% observados ao final de março do ano passado.
Já a relação entre dívida líquida e Ebitda nos três primeiros meses de 2016 ficou em 5,03, ante 5,31 vezes no quarto trimestre e 3,86 vezes no primeiro trimestre de 2015.
Em 31 de março de 2016, o endividamento bruto da petroleira atingiu R$ 450 bilhões, sendo R$ 62,126 bilhões de curto prazo e R$ 387,889 bilhões de longo prazo. O montante é 9% menor que os R$ 492,849 bilhões devidos em 31 de dezembro de 2015, mas supera em 12,3% os R$ 400,639 bilhões apurados em 31 de março do ano passado.
Como a Petrobras fechou o primeiro trimestre com R$ 80,521 bilhões em caixa (incluindo títulos), a dívida líquida ao término de março de 2016 estava em R$ 369,494 bilhões. A cifra é 6% menor que o endividamento líquido de R$ 391,962 bilhões verificado em 31 de dezembro de 2015, mas 11% superior aos R$ 332,457 bilhões apurados em 31 de março de 2015.
As dívidas da petroleira a vencer neste ano totalizam R$ 46,877 bilhões, ou cerca de 10,4% do endividamento total da companhia. No ano que vem vencem outros R$ 47,882 bilhões. Somados os valores, o total a vencer entre 2016 e 2017, de R$ 94,759 bilhões, fica acima dos recursos em caixa da empresa.
Ainda segundo o material de divulgação do resultado trimestral, 72,3% da dívida total da Petrobras foi contraída em dólar, o equivalente a R$ 325,436 bilhões. Outros R$ 31,616 bilhões foram em euros, R$ 81,086 bilhões em reais e R$ 11,678 bilhões em outras moedas.
Para minimizar sua exposição ao câmbio, a estatal estendeu em meados de maio de 2013 a contabilidade de hedge para proteção de exportações futuras altamente prováveis. A prática contábil, que designa relações de hedge entre exportações e obrigações em dólares, ameniza o impacto cambial e, consequentemente financeiro, sobre as demonstrações da empresa.
Desde 2010, quando a Petrobras fez uma megacapitalização para tornar viável a exploração do pré-sal, a relação dívida líquida e Ebitda da empresa seguia trajetória ascendente, influenciada principalmente pela tendência de apreciação do dólar ante o real. Isso fez com que a estatal perdesse o grau de investimento concedido pelas três principais agências de classificação de risco (Moody's, Standard & Poor's e Fitch).
Conforme o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, o indicador deve retornar a patamares inferiores a 3 vezes até 2018 e abaixo de 2,5 vezes até 2020. A estatal também prevê que a alavancagem líquida poderá cair abaixo de 40% até o final de 2018. O desejado patamar de menos de 35% deve ser alcançado até 2020.
As perdas da Petrobras com os chamados itens especiais totalizou R$ 1,186 bilhão no primeiro trimestre de 2016, ante ganho de R$ 1,116 bilhão em igual período de 2015 e perdas de R$ 53,540 bilhões no último trimestre do ano passado.
Do total registrado de janeiro a março deste ano, R$ 294 milhões se referem ao impairment de ativos. No trimestre anterior, essa perda foi de R$ 48,295 bilhões e no mesmo período de 2015, de apenas R$ 3 milhões.
A maior perda veio, contudo, de recebíveis do setor elétrico, no total de R$ 544 milhões no primeiro trimestre, ante ganho de R$ 1,171 bilhão em igual período de 2015. De outubro a dezembro do ano passado, a perda nessa linha havia sido de R$ 2,509 bilhões.
A Petrobras também registrou perdas de R$ 297 milhões com contingências judiciais no primeiro trimestre deste ano, após um resultado negativo de R$ 516 milhões no mesmo período de 2015, bem como de R$ 1,885 bilhão de outubro a dezembro do ano passado.
Por fim, a estatal informou prejuízo de R$ 51 milhões com Programas de Anistias Estaduais (Prorelit), depois de perder R$ 428 milhões nessa linha no último trimestre de 2015 e de não ter registrado nenhum tipo de prejuízo com isso no mesmo período do ano passado.
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