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Conjuntura

- Publicada em 12 de Maio de 2016 às 20:20

Entidades da indústria, do varejo e do agronegócio apoiam o governo

A ascensão de Michel Temer (PMDB) ao cargo de presidente da República, ainda que interinamente, foi bem recebida pelos segmentos produtivos do País. Entidades representativas da indústria, comércio e agricultura, que já vinham apoiando a mudança, revelaram otimismo, mas também pontuaram a necessidade de diálogo entre o governo e classe empresarial.
A ascensão de Michel Temer (PMDB) ao cargo de presidente da República, ainda que interinamente, foi bem recebida pelos segmentos produtivos do País. Entidades representativas da indústria, comércio e agricultura, que já vinham apoiando a mudança, revelaram otimismo, mas também pontuaram a necessidade de diálogo entre o governo e classe empresarial.
Heitor Müller, presidente da Fiergs, que divulgou comunicado à imprensa sobre a nova conjuntura, salientou que é possível adotar medidas básicas já nos primeiros cem dias de governo. "Não aumentar impostos, nem criar a CPMF ou similar; revisão dos prazos de recolhimento dos impostos; retomada dos programas de apoio do Bndes, em especial o PSI; atualização das faixas de enquadramento do Bndes para os portes empresariais e manutenção da desoneração da folha de pagamentos", elencou o dirigente sobre a pauta mínima, que será enviada à nova equipe de governo.
Outra federação industrial que se posicionou foi a Firjan, que descreveu o processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff conduzido pelo Senado como "mais um exemplo da força da democracia brasileira". A entidade aproveitou para reforçar a sua pauta, que prevê a "adoção de uma nova política fiscal, com a fixação de metas para a dívida pública, a reforma da Previdência, um amplo programa de venda de ativos públicos e a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto que altera as regras para a exploração do pré-sal".
Representando o agronegócio gaúcho, o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, frisou que o setor agropecuário gaúcho apoiou o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. "Temos uma visão positiva do novo governo já com a redução de dez ministérios. Isso sinaliza a diminuição do gasto público", afirmou, declarando apoio ao governo provisório. A entidade reivindica "uma política para o trigo" e defende que o comércio internacional integre a pauta das políticas de médio e longo prazo. Sperotto avaliou como positiva a escolha de Blairo Maggi (PP-MT) para ministro da Agricultura.
O posicionamento do Sindilojas Porto Alegre destacou a data do afastamento de Dilma Rousseff como um "dia importante para o Brasil". Apresentando uma posição favorável ao desenvolvimento e às novas posturas, a instituição enxerga o cenário como momento propício à reflexão sobre os rumos da nação. "Vamos construir juntos uma nova perspectiva de crescimento econômico, ético e social para o nosso País."
 

Em primeiro ato, Temer cria programa de investimento

 ECO MINISTRO MOREIRA FRANCO CRÉDITO ANTONIO CRUZ ABR

ECO MINISTRO MOREIRA FRANCO CRÉDITO ANTONIO CRUZ ABR


ANTÔNIO CRUZ/ABR/JC
O primeiro ato do presidente interino Michel Temer foi assinar uma Medida Provisória (MP) que cria um Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que vai cuidar da execução de projetos da área de infraestrutura considerados prioritários para o País. A MP cria também um conselho para este programa, que será presidido por Temer com representantes dos ministros da área econômica, dos Transportes, Casa Civil, Meio Ambiente e Bndes. A proposta cria também uma secretaria executiva que será comandada por Moreira Franco, um dos principais auxiliares do presidente em exercício.
A Empresa de Planejamento e Logística (EPL), ligada ao Ministério dos Transportes, vai migrar para a nova secretaria, e vai auxiliar na elaboração dos projetos de infraestrutura, que deverão ser padronizados. Além da secretaria executiva, o novo programa contará com áreas específicas que vão cuidar da parte operacional do planejamento, com metas, investimentos de longo prazo e da regulação e transparência. Neste caso, o objetivo é ampliar o diálogo com o setor privado, revisar e unificar os marcos regulatórios.
"As parcerias com o setor privado são hoje o meio fundamental para a retomada do crescimento da economia e geração de empregos. Temos apenas dois anos, por isso, um dia terá que valer por dois", destacou Moreira.
Os programas mais importantes da gestão do PT, como Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e Programa de Investimento em Logística (PIL), deixarão de existir. Segundo Moreira Franco, todos os projetos com possibilidades de parceria com o setor privado farão parte do novo projeto, exceto aqueles que dependem exclusivamente da União diante da falta de recursos para investir.
"PAC, PIL, tudo isso é sigla. O nosso objetivo não é fazer marketing, mas fazer os investimentos necessários para a economia crescer e gerar empregos", disse Moreira Franco. A MP também cria um fundo de apoio ao programa que vai auxiliar na elaboração de projetos.
Ele explicou que as estruturas existentes continuarão exercendo seu papel, como agências reguladoras, por exemplo. Mas, segundo ele, todos os programas de investimentos serão fiscalizados pelo Planalto.