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Agronegócios

- Publicada em 05 de Maio de 2016 às 18:47

Safra de verão está quase encerrada no Estado

A colheita dos grãos de verão está encerrando, e os produtores gaúchos iniciam os preparativos para a semeadura do trigo e de outras culturas de inverno, como canola e linhaça. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater, a colheita da soja e do milho atinge 95%, e as produtividades têm surpreendido os produtores de forma positiva.
A colheita dos grãos de verão está encerrando, e os produtores gaúchos iniciam os preparativos para a semeadura do trigo e de outras culturas de inverno, como canola e linhaça. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater, a colheita da soja e do milho atinge 95%, e as produtividades têm surpreendido os produtores de forma positiva.
Com uma produtividade média de 2.988 kg de soja por hectare, considerada boa pelos produtores gaúchos, resta agora focar no mercado e realizar boas vendas para coroar a safra com bom lucro. O mercado está favorável e beneficiado pela forte participação de fundos de investimentos no mercado das commodities agrícolas, pelo clima adverso na América Latina, principalmente pelo excesso de chuva na Argentina, e pelo aquecimento das exportações da soja, especialmente para a China. Até o momento, cerca de 70% da safra brasileira, de 98,9 milhões de toneladas, de soja foi comercializada. Da safra 2016/2017, em torno de 20% já foi comercializada no mercado futuro. Aproveitando os preços atrativos, muitos sojicultores estão vendendo a soja e adquirindo insumos para uso nas próximas safras.
Também com 95% das lavouras colhidas, o milho atinge altas produtividades, acima dos 6 mil quilos por hectare, com boa qualidade comercial. Os agricultores gaúchos estão ofertando o produto e retendo a soja, acreditando na melhoria de preço da oleaginosa. Os preços do milho continuam sustentados por escassez, estoques apertados e incerteza da safrinha brasileira. É tanta a preocupação com o abastecimento interno que o governo federal autorizou a importação de um milhão de toneladas de milho de fora do Mercosul, com isenção da tarifa de importação.
No arroz, a colheita foi beneficiada pelo tempo seco e sem chuvas dos últimos dias e alcança 84% da área. As produtividades obtidas nas lavouras mais tardias ficaram bem abaixo daquelas colhidas por primeiro, fazendo com que a produtividade média no Estado fique ao redor de 7,3 mil quilos por hectare. Com isso, a produção deverá ser de 7,8 milhões de toneladas de arroz, uma diminuição de 9,98% em relação ao ano passado.
Apesar de ainda não definido se haverá diminuição ou manutenção da área cultivada com trigo no Estado, os agricultores iniciam os preparativos para a semeadura do trigo. Segue a aquisição de sementes para a próxima safra e o encaminhamento de projetos técnicos aos agentes financeiros para o financiamento da cultura de inverno. De acordo com o Zoneamento Agroclimático para o Trigo, o plantio deverá se iniciar a partir da segunda quinzena de maio, pelas regiões Missões e Noroeste.

Pastagens oferecem boa forragem para os rebanhos

As espécies forrageiras de verão foram bastante favorecidas pela condição de temperaturas elevadas ocorridas em abril (temperaturas acima da média histórica), boa radiação solar e chuvas dentro do normal. Com essas condições ideais (umidade, sol e calor), houve um incremento significativo de produção de matéria seca das pastagens nativas e cultivadas perenes de verão. Dessa forma, os campos nativos e as pastagens cultivadas perenes ainda oferecem forragem em quantidade suficiente para que os rebanhos de gado de corte e de leite tenham uma boa condição corporal.
A partir de agora, com a redução da temperatura, as pastagens de verão estabilizam o crescimento e reduzem a qualidade, e as pastagens de inverno, recém-semeadas, são favorecidas pelo tempo frio e pela presença de radiação solar, registrada desde segunda-feira na maioria das regiões.