As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira (5), com algumas delas pressionadas por novos dados fracos de atividade econômica da China. Na Oceania, o mercado australiano foi impulsionado pela recuperação do petróleo durante a madrugada.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,37%, a 20.449,82 pontos, enquanto o Taiex registrou leve baixa de 0,2%, a 8.167,96 pontos, na sexta queda consecutiva da bolsa taiwanesa. Na capital filipina, Manila, o PSEi recuou 1,16%, a 6.999,75 pontos.
O mau humor em parte da Ásia veio após os últimos índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) da China, que reforçaram preocupações sobre o desempenho da segunda maior economia do mundo. Segundo pesquisa da Caixin em parceria com a Markit, o PMI chinês composto, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 51,3 em março para 50,8 em abril, enquanto o indicador apenas de serviços diminuiu de 52,2 para 51,8. Apesar das quedas, as leituras acima de 50,0 continuam sugerindo expansão de atividade.
Na China continental, porém, os mercados superaram perdas de mais cedo e encerraram o dia com leves ganhos. O índice Xangai Composto subiu 0,2%, a 2.997,84 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, que tem menor abrangência, avançou 0,7%, a 1.942,54 pontos.
A liquidez na região asiática foi comprometida por feriados no Japão e na Coreia do Sul, que mantiveram as bolsas locais fechadas. O mercado em Tóquio, que está sem operar desde terça-feira, reabre amanhã.
A Bolsa de Sydney, a principal da Oceania, foi favorecida pelo petróleo, que operou em forte alta nos negócios da madrugada, em meio a cortes de produção no Canadá e relatos de violência na Líbia. Com isso, o índice australiano S&P/ASX 200 assegurou ganho marginal de 0,2%, a 5.279,10 pontos, diante da alta de 1,2% das ações do setor de energia.
Por outro lado, os papéis da mineradora anglo-australiana BHP Billiton caíram 1,9%, após o tombo de 9,4% da sessão anterior, ainda em reação à decisão de procuradores no Brasil de iniciarem ação judicial exigindo R$ 155 bilhões pelo rompimento de uma barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais. A BHP é sócia na Samarco, junto com a Vale, e o acidente, ocorrido em novembro do ano passado, deixou mortos e provocou uma grave tragédia ambiental.