O mercado de câmbio brasileiro passou por uma sessão de ajustes ontem, e o dólar à vista fechou cotado a R$ 3,5445, em baixa de 0,58%, após ter subido 3,71% na segunda e terça-feira. O movimento foi atribuído a uma realização de lucros. Investidores venderam a moeda americana e embolsaram parte dos ganhos recentes. O recuo da divisa foi favorecido ainda pelo fato de o Banco Central (BC) não ter promovido leilão de swap cambial reverso.
O BC divulgou os dados do fluxo cambial de abril, que reforçaram a tendência de baixa para as cotações no dia. Os números indicaram que o País recebeu US$ 6,515 bilhões líquidos no mês passado, sendo
US$ 498 milhões pela via financeira e US$ 6,017 bilhões pela comercial. Somente na última semana de abril houve entrada líquida de US$ 2,150 bilhões.
No mercado de ações, a quarta-feira foi de correções. Após cair por quatro sessões consecutivas, o Ibovespa teve alta de 0,56%, aos 52.552 pontos. A valorização ocorreu a despeito das baixas generalizadas no mercado externo, preocupado com o ritmo da economia global.
A alta da bolsa foi atribuída principalmente a uma recuperação técnica, que ficou mais nítida na análise do desempenho das ações do setor financeiro. Após fortes quedas desde a semana passada, as ações do setor reagiram: Bradesco PN subiu 4,27%, Itaú Unibanco PN 2,46%, Banco do Brasil ON 2,15% e Santander Unit 2,39%. Os papéis da Vale lideraram as quedas do Ibovespa, com perdas de 6,75% (ON) e 5,34% (PNA).