A companhia Innova (que recentemente agregou o nome da sua controladora, passando a ser chamada de Videolar-Innova) planeja celebrar no próximo mês a conclusão do aumento da capacidade de fabricação de poliestireno expandido no Polo Petroquímico de Triunfo. O grupo incrementará em 28 mil toneladas anuais o potencial de produção da resina, mais conhecida pelo nome comercial de isopor ou estiropor.
Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a empresa manifestou que prefere detalhar o empreendimento após a solenidade que comemorará o aumento da capacidade. Conforme o licenciamento ambiental do projeto, a iniciativa contempla as seguintes instalações: tanque de armazenamento de pentano e silos, laboratório de avaliação da qualidade do produto, laboratório de aplicação de poliestireno expandido (destinado ao desenvolvimento de grades iniciais e à futura assistência técnica aos clientes), conjunto extrusora, peletizadora, centrífuga e peneira, e linha piloto.
A sócia executiva da MaxiQuim Assessoria de Mercado Solange Stumpf argumenta que nenhum mercado, atualmente, está aquecido no Brasil, mas há potencial para o emprego do acréscimo de produção de poliestireno expandido. A consultora ressalta que há usos que ainda podem ser desenvolvidos para o material, principalmente, na área da construção civil, como, por exemplo, para o isolamento térmico. "Em uma época em que a tendência é da redução do consumo de energia, isso é algo ainda pouco explorado", aponta Solange. A sócia da MaxiQuim antecipa que a nova capacidade de produção de poliestireno expandido deve ser destinada à substituição de importações dentro do mercado nacional.
Também está dentro do planejamento da Videolar-Innova passar a capacidade de produção de estireno de 250 mil toneladas ao ano para 500 mil toneladas anuais. O insumo é aproveitado para a fabricação do poliestireno. Na semana passada, foi aprovado na Assembleia Legislativa gaúcha projeto de lei que estabelece crédito fiscal aos fabricantes de estireno, o que beneficia as intenções da companhia.
A meta de duplicar a capacidade foi anunciada pela Innova em 2013, quando a empresa ainda estava sob o comando da Petrobras. Sobre a ampliação da produção de estireno, uma fonte que acompanha a situação não acredita que seja "um projeto que afundou", apesar da demora quanto ao começo das obras. A fonte prevê que essa ação será retomada mais adiante, com melhores condições da economia.