Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 02 de Maio de 2016 às 18:09

Estudo da Firjan mostra aumento do custo do trabalho no setor

Apesar dos sucessivos cortes de trabalhadores e reduções nos salários reais dos empregados, o custo por trabalhador na indústria continuou aumentando em 2015, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O custo unitário do trabalho (CUT) cresceu 4,3% no ano passado. Em dólar, no entanto, o custo diminuiu em grau suficiente para restaurar a competitividade da indústria brasileira no mercado internacional, após a desvalorização do real em relação à moeda americana, dizem especialistas.
Apesar dos sucessivos cortes de trabalhadores e reduções nos salários reais dos empregados, o custo por trabalhador na indústria continuou aumentando em 2015, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O custo unitário do trabalho (CUT) cresceu 4,3% no ano passado. Em dólar, no entanto, o custo diminuiu em grau suficiente para restaurar a competitividade da indústria brasileira no mercado internacional, após a desvalorização do real em relação à moeda americana, dizem especialistas.
O aumento do custo do trabalho em reais apontado pela Firjan é fruto da intensa redução no número de horas trabalhadas na indústria em 2015 (-10,2%) a reboque dos cortes na produção, sem que a massa salarial tenha acompanhado esse movimento na mesma magnitude (o recuo foi de 6%). Como a produtividade cresceu só 0,4%, o peso de arcar com esses trabalhadores ficou maior, explicou o economista Guilherme Mercês, gerente de Ambiente de Negócios e Infraestrutura do Sistema Firjan. "As empresas estão pagando mais por um trabalhador que produz menos a cada hora de trabalho", resumiu Mercês.
A principal consequência da alta de custos é a menor capacidade para investir na modernização das fábricas e na contratação e qualificação de mão de obra - iniciativas que contribuem para aprimorar a produtividade.
Em relação à competitividade com atores do mercado internacional, porém, a situação da indústria brasileira melhorou com a desvalorização do real ante o dólar. Só ano passado, a moeda americana avançou 48,9%. Com a ajuda do câmbio, o custo por trabalhador calculado em dólar vem caindo de forma sistemática desde o segundo semestre de 2014, ressaltou Rafael Bacciotti, analista da Tendências Consultoria Integrada. "Na série do CUT em dólares calculada pelo Banco Central, a indústria apresenta perda de competitividade de forma clara e contínua desde 2003. O mercado de trabalho estava muito pressionado. Agora, já estamos recuperando o patamar de competitividade que tínhamos em janeiro de 2009", ressaltou Bacciotti.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO