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Agronegócios

- Publicada em 02 de Maio de 2016 às 18:05

FPA entrega a Michel Temer pedidos para a agropecuária

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Marcos Montes (PSD-MG), informou ontem que entregou um documento para o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), com "sete grandes eixos" para o setor agrícola nacional em seu eventual governo, caso ocorra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. "Acho que Temer pode fazer um bom governo", avaliou Montes na reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri), na 82ª Expozebu, em Uberaba (MG).
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Marcos Montes (PSD-MG), informou ontem que entregou um documento para o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), com "sete grandes eixos" para o setor agrícola nacional em seu eventual governo, caso ocorra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. "Acho que Temer pode fazer um bom governo", avaliou Montes na reunião do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri), na 82ª Expozebu, em Uberaba (MG).
Os "sete eixos" envolvem governança institucional, política agrícola, direito de propriedade e segurança jurídica, meio ambiente, infraestrutura e logística, defesa agropecuária e relações trabalhistas. Em linhas gerais, é solicitada a "redução do tamanho do Estado", com a reincorporação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) à pasta da Agricultura. A FPA também reivindica um Plano Agrícola Plurianual, "com visão de médio e longo prazos", além de aumentar a oferta de crédito, principalmente para custeio. O documento sugere ainda limitar a taxa dos juros controlados à inflação estimada e dar previsibilidade e estabilidade ao Programa de Subvenção ao Seguro Rural.
Em relação ao crédito rural, a FPA pede a modernização da legislação, com regulamentação do fundo garantidor do crédito de investimento para produtores e cooperativas. Quanto à questão das terras, o documento sugere a revisão das recentes demarcações de áreas indígenas ou quilombolas, assim como desapropriações para reforma agrária. Em infraestrutura, um dos destaques é a revisão da necessidade de existência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) - a extinção é sugerida. Por fim, a FPA fala em modernização das linhas de crédito e elaboração de uma Política Nacional de Armazenagem.
Montes comentou sobre as negociações ministeriais em um eventual governo Temer. "Quem for para a Agricultura precisa ter interlocução com as entidades, com o setor", afirmou o deputado, um dos cotados para assumir a pasta.

CNA deve se opor a retorno de Kátia Abreu à presidência da entidade

A permanência de Kátia Abreu na presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), de onde ela se licenciou antes de assumir o Ministério da Agricultura, deverá sofrer oposição interna da diretoria da entidade, que está descontente com sua defesa do governo Dilma Rousseff. "A ministra ficou do lado do governo, tomou uma posição diferente da nossa. Foi uma escolha dela, e as escolhas têm custo", explicou José Mário Schreiner, vice-presidente diretor da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás.
De acordo com Schreiner, enquetes internas revelaram que cerca de 98% dos produtores rurais do Brasil não querem que ela continue sendo presidente da confederação.
Perguntado se a diretoria entrará com um pedido de afastamento caso ela retorne, Schreiner lembra que "há uma questão estatutária a ser obedecida". Ele também faz a ressalva de que é necessário primeiro saber se ela tem a intenção de voltar. "Mas eu estou representando os produtores rurais de Goiás, e 98% dos produtores não querem mais ela lá", alertou.
Schreiner, que acumula a função de presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, criticou também a antecipação do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017. O programa de fomento foi anunciado na semana passada e será lançado hoje. "Todos os anos, percorremos o Brasil todo colhendo sugestões para o próximo Plano Safra. Neste Plano Safra, nós não fomos ouvidos. Ele não tem a nossa chancela", afirmou, acrescentando que a CNA não irá participar do lançamento. O vice-presidente diretor da CNA classificou a iniciativa como "uma peça de gabinete", "uma peça de ficção" e "uma pirotecnia".