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Repórter Brasília

- Publicada em 22 de Maio de 2016 às 22:38

O futuro pelo Senado

Os três senadores gaúchos acabam representando, com certa elegância, o que o Senado pensa sobre o futuro do governo do presidente interino Michel Temer (PMDB). Paulo Paim (PT) é a representação dos pessimistas, que acreditam em pelo menos seis meses péssimos. Ana Amélia Lemos (PP) está na outra ponta do espectro futurológico, acreditando que Temer irá vencer a crise. Lasier Martins (PDT) representa aí o grande centro, que vê a possibilidade de grandes sucessos e de desastres.
Os três senadores gaúchos acabam representando, com certa elegância, o que o Senado pensa sobre o futuro do governo do presidente interino Michel Temer (PMDB). Paulo Paim (PT) é a representação dos pessimistas, que acreditam em pelo menos seis meses péssimos. Ana Amélia Lemos (PP) está na outra ponta do espectro futurológico, acreditando que Temer irá vencer a crise. Lasier Martins (PDT) representa aí o grande centro, que vê a possibilidade de grandes sucessos e de desastres.
Nenhuma luz
"Gostaria de estar errado sobre o futuro", diz o senador Paulo Paim, mas ele espera o pior do governo Temer. "Pelo que estão anunciando, os setores mais vulneráveis da população vão sofrer. A situação de fato é complicada e não se vê nenhuma luz." O senador gaúcho citou diversas propostas que fragilizam a vida de trabalhadores e aposentados, como a terceirização indiscriminada, a definição do trabalho escravo que invalida o combate à prática, o desejo de colocar o negociado sobre o legislado em relações de trabalho e a reforma da Previdência. Paim inclusive critica o ministro do Trabalho, o gaúcho Ronaldo Nogueira (PTB). "São uma série de questões que vão na contramão do que o PTB acreditava." Depois da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), diz Paim, "começaram a vender terreno na lua, falando que o desemprego ia acabar, que tudo ia melhorar, que era só tirar a Dilma. Não foi bem assim".
Faltam novidades
A falta de novidades na primeira semana de Temer tirou um pouco do entusiasmo do senador Lasier Martins (PDT). "Esperava novidades que não vieram", disse. Ele se refere ao núcleo duro do governo, formado pelos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), do Planejamento, Romero Jucá (PMDB), e da Secretaria do Governo, Geddel Vieira de Lima (PMDB). Os três participaram de todos os últimos governos. Por outro lado, Lasier ficou satisfeito com os ministros da área econômica. "Mas os outros setores deixam a desejar." O gaúcho também questiona a indicação de André Moura (PSC-SE) para a liderança do governo na Câmara. "Erro brutal", diz Lasier sobre o parlamentar réu da Lava Jato e acusado de tentativa de homicídio. Lasier se diz preocupado com a fusão dos ministérios de Comunicações e Ciência e Tecnologia. "O setor sofreu um absoluto descaso nos últimos governos."
Enfrentamento da crise
A senadora Ana Amélia (PP) é mais otimista. Ela cita os 11 milhões de desempregados, número que pode chegar a 14 milhões até o final do ano. "O governo assumiu faz pouco mais de uma semana. O que desejo é que, em pouco tempo, consigam minimizar a crise", diz. Para a senadora, o trio de notáveis com Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda, Romero Jucá (PMDB) no Planejamento e José Serra (PSDB) nas Relações Exteriores é uma "garantia de enfrentamento da crise". Sobre a crise política, a senadora critica a política vigente. "Os partidos têm que deixar os interesses partidários de ir atrás de espaços políticos e pensar no interesse do Brasil."
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