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Indústria automotiva

- Publicada em 18 de Maio de 2016 às 21:42

Volks e Fiat apelam à Justiça para receber equipamentos

Volkswagen ficou com 25 mil veículos parados por falta das peças

Volkswagen ficou com 25 mil veículos parados por falta das peças


FABIO BRAGA/FOLHAPRESS/JC
As fábricas da Volkswagen voltaram a operar na semana passada, de forma parcial, após receberem parte da encomenda de bancos da Keiper, do grupo Prevent, única fornecedora desse produto à montadora. As três unidades da empresa estavam com a produção paralisada após a suspensão da entrega do componente. A Fiat, que também suspendeu a produção em Betim (MG), convocou os trabalhadores para retornarem na quinta-feira da semana passada, quando esperava receber estruturas metálicas fornecidas pelo mesmo grupo.
As fábricas da Volkswagen voltaram a operar na semana passada, de forma parcial, após receberem parte da encomenda de bancos da Keiper, do grupo Prevent, única fornecedora desse produto à montadora. As três unidades da empresa estavam com a produção paralisada após a suspensão da entrega do componente. A Fiat, que também suspendeu a produção em Betim (MG), convocou os trabalhadores para retornarem na quinta-feira da semana passada, quando esperava receber estruturas metálicas fornecidas pelo mesmo grupo.
A Volkswagen obteve uma liminar da 2ª Vara Cível de São Bernardo do Campo (SP) obrigando a Keiper a retomar a entrega dos bancos em 24 horas, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 500 mil. Na semana passada, a montadora conseguiu mais duas liminares determinando o mesmo por parte da Mardel e da Cavelagni, ambas do mesmo grupo.
A Fiat também obteve liminar da 4ª Vara Cível de Betim para que a Mardel e a Tower, pertencentes ao Prevent, voltassem a fornecer estruturas metálicas. Nesse caso, a multa seria de R$ 200 mil ao dia. A Volkswagen chegou a divulgar uma nota afirmando que "os fornecedores, (na semana passada), provavelmente na tentativa de confundir o representante do Poder Judiciário, enviaram um percentual ínfimo para a produção de bancos para abastecer as linhas".
Segundo a montadora, "os prejuízos à Volkswagen e a sua cadeia de fornecedores diretos, formada por centenas de empresas e seus milhares de empregados, persistem". A Fiat informou que o ritmo de fabricação seria retomado gradualmente a partir da quinta-feira da semana passada, pois será preciso reorganizar a logística de produção. "Para a normalidade absoluta da produção, a Fiat espera que o fornecimento seja de qualidade, pleno e previsível, e não apenas uma aparência de fornecimento."
As duas empresas alegaram nas liminares que a fornecedora pede reajustes de preços injustificáveis e não previstos nos contratos, sempre seguidos de ameaças de interrupção das entregas. Também afirmaram não ter dívidas com o grupo.
Na semana passada, em comunicado à imprensa, o grupo Prevent afirmou que a Volkswagen "tem simplesmente a intenção de denegrir a imagem da empresa junto ao mercado". Alega que nunca houve descumprimentos contratuais por parte do grupo e que, em 2015, o Poder Judiciário de São Paulo cassou várias liminares e multas impostas à Keiper, por entender que a montadora deixou de cumprir todos os acordos com ela firmados. A nota não cita a Fiat.
O grupo Prevent afirma ainda que "todas as paradas de fornecimento de peças foram precedidas de comunicados, no estrito cumprimento dos contratos, os quais também exigem da montadora a necessidade de honrar com a compra das quantidades mínimas de peças que são exigidas para produção dos lotes econômicos, bem como a falta de cumprimento dos acordos de recomposição de preços, o que prejudica a eficiência e o custo de produção, prática extremamente danosa às empresas como um todo, além de ser maneira comum e corriqueira da Volkswagen".
Também afirmou que a paralisação no fornecimento de peças "se fez necessária para preservar o grupo Keiper, não somente do ponto de vista de uma estrutura corporativa, mas principalmente de preservar os recursos humanos, já combalidos por muitas demissões oriundas dos baixos volumes de produção, assim como preservar sua integridade financeira para honrar seus compromissos junto aos fornecedores". A nota também afirmou que "a questão das liminares está sob análise do Poder Judiciário".
A Volkswagen diz que, desde que o grupo Prevent assumiu o fornecimento dos bancos, já ficou 56 dias parada por falta do produto e que 35 mil veículos deixaram de ser produzidos. No caso da Fiat, que enfrenta a primeira paralisação por esse motivo, a perda foi de 7 mil automóveis, segundo a montadora.

Fundo da Noruega processa a Volks por fraude em emissões

Volkswagen ficou com 25 mil veículos parados por falta das peças

Volkswagen ficou com 25 mil veículos parados por falta das peças


FABIO BRAGA/FOLHAPRESS/JC
O fundo soberano da Noruega informou a Volkswagen sobre sua intenção de entrar em um processo contra a montadora alemã, por causa do escândalo de fraudes em testes de poluentes de veículos da empresa. Com isso, o maior fundo do mundo em ativos entra na longa lista de acionistas e investidores descontentes.
Para a porta-voz do fundo, Marthe Skaar, a montadora forneceu dados incorretos sobre emissões. Marthe disse que seus advogados informaram que a conduta dá margem a pedidos de indenização pela lei alemã. "Como um investidor, é nossa responsabilidade salvaguardar os títulos do fundo na Volkswagen", acrescentou ela.
O fundo de petróleo de US$ 852 bilhões disse que possuía US$ 750 milhões investidos na Volkswagen no fim de 2015, após 4,9 bilhões de coroas norueguesas (US$ 559 milhões) serem perdidas dessa fatia acionária no terceiro trimestre de 2015, como resultado do escândalo.
Em setembro, a Volks admitiu a fraude na medição de poluentes. No mês passado, ela informou que separou 16,2 bilhões para lidar com o escândalo, cortou seu dividendo e registrou grande prejuízo. Em março, 278 investidores, entre eles o Calpers, fundo de pensões da Califórnia, entraram com pedido de cerca de US$ 3,57 bilhões diante do forte recuo no preço da ação da Volks, após o escândalo em setembro.

Uber inicia nos Estados Unidos os testes de seu carro autônomo

Volkswagen ficou com 25 mil veículos parados por falta das peças

Volkswagen ficou com 25 mil veículos parados por falta das peças


FABIO BRAGA/FOLHAPRESS/JC
Depois de comprar brigar com taxistas mundo afora, o aplicativo Uber apresentou uma novidade que promete fazer quem gosta de dirigir ficar de cara amarrada. A empresa mostrou seu veículo que dirige sozinho pela primeira vez na semana passada.
O carro, um Ford Fusion híbrido, é uma iniciativa do Centro de Tecnologias Avançadas do Uber. O automóvel passeia pelas ruas de Pittsburgh, Pensilvânia, nos Estados Unidos, durante testes em que são colocadas à prova as capacidades de condução sem a necessidade de um motorista.
Por força da legislação norte-americana, um humano precisa sentar ao volante, mas ele só assume o controle em uma eventualidade - para evitar acidentes ou por eventual falha nos sistemas eletrônicos.
O carro também está equipado para coletar dados de mapeamento enquanto trafega. O Uber diz que "testes no mundo real são críticos nos nossos esforços de desenvolver uma tecnologia de condução autônoma".
Assim como o Google, o Uber argumenta que veículos com essa capacidade podem ser mais seguros do que delegar a função de dirigir a seres humanos. "1,3 milhão de pessoas morrem todos os anos em acidentes de carros - 94% delas por acidentes que envolvem erros humanos", afirma a empresa.
Segundo o Uber, o teste está em seus dias iniciais e conta com a autorização das autoridades locais. William Peduto, prefeito de Pittsburgh, confessa estar entusiasmado pela cidade ter sido escolhida para a experiência com o projeto do aplicativo.