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Empresas & Negócios

- Publicada em 09 de Maio de 2016 às 16:59

Crescem vendas de terras agrícolas

Os fundos de investimento estrangeiros e nacionais começaram a rastrear no País o mercado de terras agrícolas. As sondagens foram retomadas, mas as gestoras estão esperando uma maior clareza dos rumos da crise política e econômica antes de iniciarem as negociações, segundo fontes a par do assunto. As canadenses Canada Pension Plan Investment Board (Cppib) e Brookfield, além da brasileira Pátria, que tem o gigante americano Blackstone como sócio, estão de olho em oportunidades no País.
Os fundos de investimento estrangeiros e nacionais começaram a rastrear no País o mercado de terras agrícolas. As sondagens foram retomadas, mas as gestoras estão esperando uma maior clareza dos rumos da crise política e econômica antes de iniciarem as negociações, segundo fontes a par do assunto. As canadenses Canada Pension Plan Investment Board (Cppib) e Brookfield, além da brasileira Pátria, que tem o gigante americano Blackstone como sócio, estão de olho em oportunidades no País.
Levantamento feito pela Informa Economics FNP, uma das maiores consultorias de agronegócios no Brasil, mostra que o momento atual é propício para a retomada dos negócios, uma vez que os preços das terras agrícolas se desaceleraram nos últimos 12 meses, tornando os ativos brasileiros mais baratos. Vale lembrar que a compra de terras por estrangeiros sofre restrição - esses grupos têm de se associar a empresas locais e não podem controlar o negócio.
O que tem chamado mais atenção dos investidores são as terras agrícolas para grãos - tradicionalmente mais caras que as de pastagens. "Considerando os preços atuais, é mais vantagem investir em terras para grãos, que são mais férteis e não precisam de investimentos", diz José Vicente Ferraz, diretor técnico da consultoria. Ferraz diz que há investidores atrás de "galinhas mortas", mas ainda há muitos produtores que estão resistentes à venda. "Só estão vendendo os que estão com a corda no pescoço."
Os preços das terras, de um ano para, cá começaram a desacelerar em relação a três anos atrás. No Mato Grosso, onde a soja predomina, o preço do hectare da terra de grãos sai a R$ 15.385 (base janeiro e fevereiro), alta de 2% sobre o mesmo período do ano passado. Com 245 mil hectares de ativos agropecuários sob gestão no Brasil, a Brookfield está olhando oportunidades na região de Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), apurou o jornal. A estratégia é fazer aquisição no País com um parceiro local, segundo uma fonte próxima à operação.
Os fundos Cppib e o Pátria têm interesse em ativos parecidos. Em 2015, o Pátria criou uma área de negócios para gestão de terras. Os fundos também não comentam. "Investidores árabes e chineses sondam as empresas brasileiras em busca de parceria para garantir segurança alimentar", disse uma fonte de uma grande empresa que atua no Brasil.
Enquanto os fundos de investimentos retomam o apetite por propriedades agrícolas, as tradicionais empresas do setor, como a SLC Agrícola e a Vanguarda Agro, seguem mais cautelosas. Arlindo Moura, presidente da Vanguarda, disse que a companhia está reestruturando suas dívidas, de R$ 978,1 milhões (total bruto de 2015), para alongar os prazos de pagamentos, e que os planos serão retomados quando as condições de mercado estiverem melhores. A V-Agro tem sob gestão cerca de 179 mil hectares de terras, entre próprias e arrendadas. Já a SLC Agrícola, que fez várias aquisições nos últimos anos, também está com o pé no freio.
O momento atual é de oportunidades para quem quer comprar terras no Brasil, de acordo com José Vicente Ferraz, diretor técnico da Informa Economics FNP. "Agora é a vez dos 'abutres', que buscam negócios que valem 100 por 50", disse. Levantamento feito pela consultoria e usado como balizador de mercado mostra que os preços das terras desacelerou nos últimos 12 meses.
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