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Justiça

- Publicada em 24 de Abril de 2016 às 17:10

Acusados na morte de Eliseu Santos vão a júri em maio

Dois dos acusados de participação no assassinato do ex-secretário de Saúde e ex-vice-prefeito da Capital Eliseu Santos (PTB) irão a júri popular no dia 19 de maio, quase seis anos após o crime. Eliseu Pompeu Gomes e Fernando Junior Treib Krol respondem por homicídio quadruplamente qualificado: motivo torpe, emprego de meio que resultou em perigo comum, emprego de meio que dificultou a defesa e assegurar a impunidade de outros crimes. A decisão foi dada pelo juiz Volnei dos Santos Coelho, que, em 2013, já havia cindido - termo jurídico que indica divisão - o processo. A justificativa foi agilizar o julgamento.
Dois dos acusados de participação no assassinato do ex-secretário de Saúde e ex-vice-prefeito da Capital Eliseu Santos (PTB) irão a júri popular no dia 19 de maio, quase seis anos após o crime. Eliseu Pompeu Gomes e Fernando Junior Treib Krol respondem por homicídio quadruplamente qualificado: motivo torpe, emprego de meio que resultou em perigo comum, emprego de meio que dificultou a defesa e assegurar a impunidade de outros crimes. A decisão foi dada pelo juiz Volnei dos Santos Coelho, que, em 2013, já havia cindido - termo jurídico que indica divisão - o processo. A justificativa foi agilizar o julgamento.
Os sete jurados também discutirão se os acusados cometeram outros cinco crimes conexos: comunicação falsa de crime (apenas Gomes), receptação de veículo roubado (do carro usado no ataque), adulteração de placa, fraude processual (queima do veículo) e formação de quadrilha.
Em 26 de fevereiro de 2010, Eliseu Santos foi abordado quando entrava em seu carro, após sair de um culto religioso no bairro Floresta - estava acompanhado de sua esposa e filha, que não se feriram. Ele foi morto a tiros, segundo o Ministério Público, disparados por Gomes. Krol confirma essa versão.

Na época, versões do MP e Polícia Civil divergiam sobre assassinato

O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil apresentaram conclusões diferentes para o assassinato do ex-secretário de Saúde e ex-vice-prefeito da Capital, Eliseu Santos (PTB). Um mês após o crime, a Delegacia de Homicídios concluiu o inquérito e classificou a ocorrência como latrocínio, tentativa de roubo de carro que resultou em morte da vítima. A investigação denunciou Eliseu Pompeu Gomes, Fernando Junior Treib Krol e Robinson Teixeira dos Santos por homicídio. Entretanto, o MP acusa, além dos três indicados pela polícia, outras cinco pessoas e defende a ideia de assassinato encomendado. Jorge Renato Hordoff de Mello e Marcelo Machado Pio, donos da empresa Reação, que prestava serviços de segurança para postos de saúde da Capital, seriam os mandantes.
A hipótese do MP ainda indica os nomes de Marco Antônio de Souza Bernardes, que trabalhava como cargo comissionado (CC) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a auxiliar de enfermagem Janine Ferri Bitello, que teria feito curativos em um dos criminosos baleados pelo ex-secretário durante o assalto, e Marcelo Dias Souza. O motivo seria uma denúncia de esquema de propinas na SMS, feita por Santos no mesmo dia seu assassinato. A empresa Reação pagaria até R$ 30 mil por mês para manter o contrato com o município.
Com a denúncia do ex-secretário, uma sindicância foi instaurada e resultou no cancelamento do contrato com a Reação e na demissão de Bernardes. Para os promotores, o assassinato de Santos seria uma intimidação contra o processo.
Em maio de 2010 o MP denunciou mais três pessoas: o então presidente do PTB, José Carlos Elmer Brack, Cássio Medeiros de Abreu, ex-CC do PTB na prefeitura e o ex-funcionário da empresa Reação Jonatas Pompeu Gomes, irmão de Eliseu Pompeu Gomes. Jonatas teria indicado o nome de Eliseu aos mandantes do crime. Um ano depois, a promotoria ainda indicou Aroldo Veriano da Silva e Adelino Ribeiro da Silva.