Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 18 de Abril de 2016 às 22:01

Renan quer celeridade no impeachment

Documentação relativa ao processo da presidente Dilma Rousseff chega ao Senado

Documentação relativa ao processo da presidente Dilma Rousseff chega ao Senado


JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO/JC
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), indicou ontem que pretende instalar a Comissão Especial do Impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na semana que vem, e dar celeridade no rito do processo.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), indicou ontem que pretende instalar a Comissão Especial do Impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na semana que vem, e dar celeridade no rito do processo.
A estratégia é fazer a leitura do processo já na sessão deliberativa do plenário de hoje e abrir o prazo de 48 horas para a indicação dos partidos aos nomes que comporão a comissão até sexta-feira, considerando que quinta-feira é feriado e, portanto, o prazo é suspenso neste dia.
"Amanhã (terça-feira) vamos conversar sobre a indicação dos nomes das bancadas e os líderes partidários certamente precisarão de 48 horas para que possam definir o que vai acontecer com a eleição de presidente e relator", disse Renan. "Vou pedir aos líderes a presteza e a celeridade na indicação dos nomes, mas não podemos obrigar que eles façam isso em menos de 48 horas", afirmou.
Dessa forma, a instalação da comissão e a eleição de presidente e relator do processo aconteceria apenas na segunda-feira. Apesar de o plano agradar a base governista, Renan deixou claro que não irá postergar a votação em plenário sobre a admissibilidade do processo, que, se for aprovado, determinará o afastamento da presidente Dilma do comando do País por 180 dias.
A ideia é que isso ocorra até 11 de maio, mas parte da oposição tenta pressionar Renan para que a comissão acelere os trabalhos de forma a viabilizar a votação na primeira semana de maio.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chegou ao Senado pela porta dos fundos e não cruzou o Salão Azul antes de falar reservadamente com Renan na sala de audiências. Ele chegou acompanhado de deputados pró-impeachment pouco depois de funcionários trazerem em um carrinho os 34 volumes, com mais de 12 mil páginas, do processo de impeachment da presidente Dilma.
Ontem, dois dos três juristas responsáveis pelo texto do impeachment, Janaina Paschoal e Hélio Bicudo, se mostraram cautelosos quanto à possibilidade de aprovação do processo no Senado. Eles reuniram a imprensa para falar sobre a vitória do procedimento que dá seguimento ao processo de impeachment na Câmara.
Os dois se disseram aliviados com o resultado da votação de domingo. "Eu estava tensa. Eu temia que houvesse conflitos nas ruas e até no Congresso", disse a advogada. "Foi um dia de alívio, não pelo resultado, que foi justo, mas pela maneira que foi."
O jurista Hélio Bicudo, que foi petista no passado, comemorou. "Mostrou o amadurecimento da população." O advogado Miguel Reale Júnior, que também é autor da peça, não compareceu à coletiva. Era seu aniversário de 72 anos.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO