Ministro do governo Dilma Rousseff até quinta-feira (14), Mauro Lopes (Aviação Civil) votou a favor do impeachment da presidente neste domingo (17).
Lopes se licenciou do cargo para votar contra o andamento do processo de impedimento de Dilma e era considerado "voto certo" pelo Palácio do Planalto. No entanto, o vice-presidente Michel Temer e seu núcleo político iniciaram uma série de negociações e converteram o voto do então ministro.
O peemedebista, em seu rápido discurso para justificar o voto, disse que teve "muita gratidão" de ter o cargo de ministro, mas resolveu honrar o partido com sua "lealdade".
"Pelo povo de Minas e esperando o crescimento do transporte nesse país, que está muito ruim, quero dizer do fundo da minha alma, pela minha mulher, pelos meus filhos e netos e pela minha querida Caratinga, meu voto é sim", declarou Lopes.
Na tarde deste domingo (17), o ex-ministro não havia registrado presença no plenário, o que preocupou aliados de Temer. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais articuladores do vice, tentava acalmar a oposição e dizia que Mauro Lopes estava "fechado" com eles.