Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 15 de Abril de 2016 às 20:13

Governo quer autorização para rombo de R$ 65 bilhões em 2017

Com projeções econômicas mais otimistas que as do mercado, os ministérios da Fazenda e do Planejamento apresentaram nesta sexta (15) a proposta de fechar 2017 com as contas no vermelho pelo quarto ano consecutivo.
Com projeções econômicas mais otimistas que as do mercado, os ministérios da Fazenda e do Planejamento apresentaram nesta sexta (15) a proposta de fechar 2017 com as contas no vermelho pelo quarto ano consecutivo.
O texto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) aponta um deficit primário (despesas maiores que as receitas) de R$ 65 bilhões na esfera federal. A proposta, que precisa de aprovação pelo Congresso, fixa uma meta zero de superavit para reduzir a dívida pública.
O governo quer autorização, no entanto, para gastar R$ 23 bilhões em investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que não seriam computados como despesas. Pede ainda que desconte da meta R$ 42 bilhões como "frustração de receitas".
Estados e municípios fariam um superavit de 0,1% do PIB, o que reduziria o rombo total para 1,44% do PIB. O enredo apresentado pelo governo considera que a presidente Dilma Rousseff vença a votação do impeachment. Com isso, a economia volta a crescer no próximo ano e as contas públicas entram no azul a partir de 2018. "Uma vez superado o impasse político, respeitando o voto das pessoas e o devido processo legal, vamos recuperar o nível de atividade, mais rápido do que o mercado projeta", disse Nelson Barbosa (Fazenda). "Com a rejeição do pedido de impeachment, podemos normalizar a situação política. E isso vai ajudar na recuperação da economia."
Barbosa classificou ainda como equilibrada, do ponto de vista fiscal, a proposta de um Orçamento deficitário para o próximo ano. Segundo ele, o Orçamento será executado com base em uma meta zero. Os descontos são só uma possibilidade, mas que se faz necessária devido ao histórico recente de queda na arrecadação e à decisão de aumentar investimentos.
No projeto da LDO, o governo prevê que o salário mínimo irá de R$ 880 para R$ 946 no ano que vem, apenas com o reajuste pela inflação. No texto, o governo ainda estima que a inflação de 2017 ficará próxima do teto da meta, atingindo 6%, e não 4,5%, como promete o Banco Central. A estimativa para o PIB é um crescimento de 1%. O governo também propõe a proibição na contratação de novos servidores e de reajustes de benefícios.
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO