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Política

- Publicada em 15 de Abril de 2016 às 18:31

Processo contra Fernando Henrique não avançou; Fernando Collor caiu em 1992

Collor de Mello foi afastado da Presidência da República em outubro de 1992

Collor de Mello foi afastado da Presidência da República em outubro de 1992


ELZA FIÚZA/ABR/JC
Guilherme Kolling
Em 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) enfrentou uma situação parecida com a da atual mandatária, Dilma Rousseff (PT). O tucano estava no primeiro ano do seu segundo mandato, o País passava por uma crise econômica e os índices de popularidade do titular do Palácio do Planalto eram baixíssimos.
Em 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) enfrentou uma situação parecida com a da atual mandatária, Dilma Rousseff (PT). O tucano estava no primeiro ano do seu segundo mandato, o País passava por uma crise econômica e os índices de popularidade do titular do Palácio do Planalto eram baixíssimos.
Na ocasião, vários pedidos de impeachment foram encaminhados pela oposição - liderada pelo PT - na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa na época, Michel Temer (PMDB, eleito vice-presidente da República na chapa de Dilma), negou a abertura do processo. A argumentação ia do estelionato eleitoral a crime de responsabilidade, em virtude do programa de saneamento do sistema bancário, o Proer. O trâmite não foi adiante e FHC concluiu o segundo mandato. O único processo de impeachment contra um presidente que havia avançado até agora tinha sido o de Fernando Collor de Mello (então PRN), em 1992.
Depois de uma CPI ter apurado os negócios do tesoureiro da campanha de Collor, PC Farias, e de denúncias do irmão do presidente, Pedro Collor, e do motorista Eriberto França, que confirmaram depósitos de PC para pagar gastos pessoais de Collor - que incluíram a reforma na Casa da Dinda -, o então presidente da Câmara dos Deputados, Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), levou adiante o processo.
A iniciativa foi desencadeada, no início de setembro, pela Associação Brasileira de Imprensa e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que haviam apresentado à Câmara o pedido de impeachment. Manifestações de rua em todo o País, no movimento conhecido como Caras Pintadas, também haviam pedido a saída de Fernando Collor.
No final de setembro, a abertura do processo de impeachment foi aprovada na Câmara dos Deputados, em votação aberta, por ampla maioria. Em outubro, o processo foi instaurado no Senado Federal, e Collor, afastado da presidência até o fim do julgamento. Na véspera da votação do Senado, em 30 de dezembro de 1992, Collor renunciou.
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