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Crise Política

- Publicada em 03 de Abril de 2016 às 21:54

Relator apresenta hoje parecer do impeachment

Para Cunha, nenhum parlamentar fugirá da votação do processo

Para Cunha, nenhum parlamentar fugirá da votação do processo


ANTÔNIO CRUZ/ABR/JC
O relator da comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deputado Jovair Arantes (PTB-GO), anunciou que deverá apresentar o seu parecer na próxima quarta ou quinta-feira. O relator prevê que haverá pedido de vista e que a votação do texto será finalizada na comissão até o dia 11 ou, no máximo, 12. De acordo com Arantes, está sendo seguido, na medida do possível, o mesmo rito usado durante o processo de impedimento do ex-presidente Fernando Collor, conforme determinou o Supremo Tribunal Federal (STF).
O relator da comissão especial que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deputado Jovair Arantes (PTB-GO), anunciou que deverá apresentar o seu parecer na próxima quarta ou quinta-feira. O relator prevê que haverá pedido de vista e que a votação do texto será finalizada na comissão até o dia 11 ou, no máximo, 12. De acordo com Arantes, está sendo seguido, na medida do possível, o mesmo rito usado durante o processo de impedimento do ex-presidente Fernando Collor, conforme determinou o Supremo Tribunal Federal (STF).
Hoje, a comissão especial receberá a defesa por escrito da presidente Dilma. Às 16h30min, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fará a sustentação oral da defesa para os integrantes da comissão, em até 30 minutos.
Segundo o relator, os depoimentos já colhidos pela comissão durante a semana passada não trouxeram fato novo, mas enriqueceram o conteúdo do relatório final. Foram ouvidos os juristas Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal - autores da denúncia contra Dilma -, além do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e do professor de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Ricardo Lodi Ribeiro - contrários ao impeachment da presidente.
Jovair Arantes afirmou ainda que o relatório sobre a abertura do processo de impeachment "já está bem adiantado" e "segue a linha da legalidade, da normalidade".
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, informou que, quando a comissão especial do impeachment finalizar a votação do parecer, ele entrará na pauta do plenário quatro dias depois. O parecer será lido na sessão ordinária seguinte à votação pela comissão especial, publicado no dia posterior e, 48 horas depois, entrará na pauta do plenário. Primeiramente, haverá sessão de debates, cuja duração ainda será estimada de acordo com o número de inscritos; e, em seguida, ocorrerá a votação do parecer, que deverá levar três dias, na avaliação do presidente.
Para aprovar em plenário a abertura do processo contra a presidente Dilma, são necessários 342 votos favoráveis.
Cunha disse que "o governo está fazendo uma luta insana para cooptar" parlamentares e atingir um número contra o impeachment. "Se o governo, por acaso, conseguir evitar a abertura do processo de impeachment, terá que governar no dia seguinte, e não se governa com esse número. Vai ser necessária uma outra repactuação de governabilidade. Então, o governo pode até fingir que vai dar qualquer coisa agora para aqueles que caírem nesse conto, mas se der, vai tirar no outro dia", ressaltou.
Cunha disse que vai avaliar, "no tempo devido", se comparecerá pessoalmente para prestar depoimento ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar sobre o processo movido contra ele pelo P-Sol e pela Rede. Cunha foi listado entre as 19 testemunhas a serem ouvidas pelo Conselho, mas o órgão não pode convocar pessoas, apenas convidar, o que as desobriga de comparecer às reuniões.

No Facebook, presidente diz que 'jamais renunciará'

A presidente Dilma Rousseff respondeu ontem ao editorial do jornal Folha de S.Paulo, afirmando que "jamais renunciará". O texto foi colocado no perfil oficial da presidente no Facebook.
"Setores favoráveis à saída de Dilma, antes apoiadores do impeachment, agora pedem a sua renúncia. Evitam, assim, o constrangimento de respaldar uma ação 'indevida, ilegal e criminosa'. Ao editorial, publicado neste domingo, fica a resposta da presidente: 'Jamais renunciarei'", diz a publicação, acompanhada de um vídeo com trechos de discursos anteriormente proferidos pela presidente.
O editorial "Nem Dilma nem Temer" afirma que a presidente perdeu as condições de governar o País e, por isso, deve renunciar. O texto defende ainda que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) renuncie para que possam ser convocadas novas eleições. Ao final, o editorial afirma que a "Folha nunca defendeu o impeachment de Dilma".
Já o movimento Vem Pra Rua, antigoverno, inaugurou ontem um painel para exibir os deputados federais contrários e indecisos em reelação à votação do impeachment de Dilma.