Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 18 de Abril de 2016 às 14:50

Construções precárias foram as mais atingidas

Uma das cidades mais afetadas foi Pedernales, onde 80% das construções e da infraestrutura foram destruídas

Uma das cidades mais afetadas foi Pedernales, onde 80% das construções e da infraestrutura foram destruídas


RODRIGO BUENDIA/AFP/JC
O número de mortes em decorrência do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o litoral do Equador na noite de sábado já chega a 350. O presidente do país, Rafael Correa, declarou que o número "com certeza irá aumentar consideravelmente". O tremor - o maior a atingir o país sul-americano desde 1979 - foi seguido por 230 abalos secundários.
O número de mortes em decorrência do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o litoral do Equador na noite de sábado já chega a 350. O presidente do país, Rafael Correa, declarou que o número "com certeza irá aumentar consideravelmente". O tremor - o maior a atingir o país sul-americano desde 1979 - foi seguido por 230 abalos secundários.
"O Equador foi atingido de maneira tremendamente dura. O nosso luto é longo, e a tragédia é grande, mas nós encontraremos uma maneira de seguir adiante", disse Correa, que ainda no domingo decretou estado de exceção no país "para garantir a ordem pública".
As equipes de resgate trabalham intensamente na busca por sobreviventes do desastre. A Cruz Vermelha da Espanha estima que 5 mil pessoas precisem de abrigo temporário e que 100 mil necessitem de algum tipo de tratamento.
O terremoto causou destruição nas províncias de Esmeraldas, Santa Elena, Manabí, Los Rios e Guayas, que inclui a maior cidade do país, Guayaquil. Houve danos menores em Quito, a 2.800 metros de altitude, mas sem vítimas. A mais afetada foi a cidade turística de Pedernales, onde 80% das construções e da infraestrutura foram destruídas. De acordo com o ministro do Interior, José Serrano, 150 pessoas ainda estão soterradas.
Na cidade de Portoviejo, em Manabí, pelo menos 130 prisioneiros escaparam com o tumulto. Autoridades disseram que cerca de 20 foram recapturados, e que alguns voltaram voluntariamente. As fugas geraram temor e fizeram com que 400 moradores se reunissem em um aeroporto desativado, onde oficiais distribuíram água, colchões e comida.
Construções precárias foram destruídas com o terremotos. Na cidade costeira de Chamanga, autoridades estimam que 90% das casas sofreram estragos; em Guayaquil, cidade onde está o maior porto do país, o teto de um shopping desabou e um viaduto caiu em cima de um carro, matando o motorista. O governo disse que liberará US$ 600 milhões (R$ 2,1 bilhões) para reconstruções.
Líderes mundiais lamentaram o ocorrido. O premiê britânico, David Cameron, declarou no Twitter: "notícias trágicas vindas do #Equador. Meus pensamentos estão com todos os afetados por esse terrível terremoto. O Reino Unido oferecerá a ajuda que puder". O presidente da França, François Hollande, escreveu: "Exprimo toda minha solidariedade às autoridades e ao povo do Equador, que foi atingido por um grande terremoto".
Venezuela, Chile e México estão enviando equipes de ajuda e suprimentos. A Cruz Vermelha do Equador mobilizou mais de 800 voluntários, e a ONG Médicos sem Fronteiras informou que deslocará uma equipe da Colômbia.
O terremoto no Equador aconteceu horas após fortes abalos sísmicos atingirem o Japão - o último, de magnitude 7 -, matando 41 pessoas e deixando 1.500 feridos na Ilha de Kyushu, no Sul, na madrugada de sábado. Ambos os países estão no Círculo de Fogo do Pacífico, região de encontro de placas tectônicas e forte atividade sísmica. Mas, segundo o Serviço Geológico dos EUA, é pouco provável uma relação entre ambos.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO