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Internacional

- Publicada em 18 de Abril de 2016 às 12:14

Número de mortos em terremoto no Equador sobe para 350

Foi o maior abalo sísmico a atingir o país desde 1979

Foi o maior abalo sísmico a atingir o país desde 1979


LUIS ACOSTA/AFP/JC
O número de mortes em decorrência do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o litoral do Equador na noite de sábado (16) subiu para 350. O presidente do país, Rafael Correa, declarou que o número de mortos "com certeza irá aumentar, de uma maneira considerável". Foi o maior abalo sísmico a atingir o país sul-americano desde 1979.
O número de mortes em decorrência do terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o litoral do Equador na noite de sábado (16) subiu para 350. O presidente do país, Rafael Correa, declarou que o número de mortos "com certeza irá aumentar, de uma maneira considerável". Foi o maior abalo sísmico a atingir o país sul-americano desde 1979.
"O Equador foi atingido de maneira tremendamente dura", disse Correa. "O nosso luto é muito longo, e a tragédia é muito grande, mas nós encontraremos uma maneira de seguir adiante".
As equipes de resgate buscam por sobreviventes do desastre. A Cruz Vermelha da Espanha estima que 5 mil pessoas precisem de abrigo temporário e que 100 mil precisem de algum tipo de tratamento. O terremoto causou destruição nas províncias de Esmeraldas, Santa Elena, Manabí, Los Rios e Guayas, que inclui a maior cidade do país, Guayaquil. Houve danos menores em Quito, a 2.800 m de altitude, mas sem vítimas. A mais afetada foi a cidade turística de Pedernales, onde 80% das construções e da infraestrutura foram destruídas. De acordo com o ministro do Interior, José Serrano, 150 pessoas ainda estão soterradas pelos escombros.
Na cidade de Portoviejo (na província de Manabí), atingida pelo terremoto, prisioneiros escaparam com o tumulto -o número de fugitivos diverge entre 130 e 180. Autoridades disseram que cerca de 20 foram recapturados, e que alguns voltaram voluntariamente à prisão. As fugas geraram temor e fizeram com que 400 moradores se reunissem em um aeroporto desativado, onde oficiais distribuíram água, colchões e comida.
Construções precárias foram destruídas com o terremotos. Na cidade costeira de Chamanga, autoridades estimam que 90% das casas sofreram estragos; em Guaiaquil, cidade onde está o maior porto do país, o teto de um shopping desabou e um viaduto caiu em cima de um carro, matando o motorista. O governo disse que liberará US$ 600 milhões (R$ 2,1 bilhões) para a reconstrução.
Correa decretou estado de exceção em todo o país "para garantir a ordem pública". "Nossa dor é imensa, mas ainda maior é o espírito do nosso povo". "O espírito equatoriano deve seguir adiante, e ele saberá como superar esses momentos extremamente difíceis", disse.
Líderes mundiais lamentaram o ocorrido. O premiê-britânico, David Cameron, declarou em seu Twitter: "notícias trágicas vindas do #Equador. Meus pensamentos estão com todos os afetados por esse terrível terremoto. O Reino Unido oferecerá qualquer ajuda que puder". O presidente da França, François Hollande, escreveu: "Exprimo toda minha solidariedade às autoridades e ao povo do Equador, que foi atingido hoje por um grande terremoto".
Cerca de 230 tremores secundários preocuparam os sobreviventes, que se juntaram na rua com medo de que os abalos pudessem derrubar suas casas já muito destruídas. "Nós estamos com medo de estar dentro de casa", disse Yamil Faran, 47, cercada por 30 pessoas no meio da rua em Portoviejo. "Quando essa situação melhorar e os tremores pararem nós vamos ver o que podemos consertar".
Venezuela, Chile e México estão enviando equipes de ajuda e suprimentos. A Cruz Vermelha do Equador mobilizou mais de 800 voluntários e a ONG Médicos sem Fronteiras disse que enviará uma equipe vinda da Colômbia.
O terremoto no Equador aconteceu horas após fortes abalos sísmicos atingirem o Japão -o último, de magnitude 7- que deixaram 41 mortos e 1.500 feridos na ilha de Kyushu, no sul do país, na madrugada de sábado.
Ambos estão no Círculo de Fogo do Pacífico, região de encontro de placas tectônicas e forte atividade sísmica. Mas, segundo o Serviço Geológico dos EUA, é pouco provável que os tremores estejam relacionados.
Folhapress
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