Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 13 de Abril de 2016 às 14:49

Cristina se nega a depor sobre venda de dólares

Cristina proferiu um discurso à multidão de apoiadores que se aglomerou junto ao tribunal

Cristina proferiu um discurso à multidão de apoiadores que se aglomerou junto ao tribunal


CARLOS BRIGO /AFP/JC
A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner se apresentou na manhã de ontem à Justiça, mas se negou a falar. A ex-dirigente, intimada a depor sobre a venda de dólares no mercado futuro a um preço inferior ao de mercado, entregou um documento com sua defesa ao juiz Claudio Bonadio.
A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner se apresentou na manhã de ontem à Justiça, mas se negou a falar. A ex-dirigente, intimada a depor sobre a venda de dólares no mercado futuro a um preço inferior ao de mercado, entregou um documento com sua defesa ao juiz Claudio Bonadio.
O ex-ministro de Economia Axel Kicillof e o ex-presidente do Banco Central Alejandro Vanoli também se recusaram a falar sobre o caso. As operações financeiras realizadas nos últimos meses do governo de Cristina podem ter causado um prejuízo de 77 bilhões de pesos (R$ 18,6 bilhões) aos cofres públicos.
A ex-presidente chegou por volta das 10h ao tribunal Comodoro Py, onde lhe aguardavam milhares de argentinos. Alguns dos apoiadores de Cristina estavam no local desde o início da noite de terça-feira. Quase não havia policiais no local, e militantes ultrakirchneristas controlavam o acesso ao tribunal. Uma jornalista da rádio Mitre, do grupo Clarín, chegou a ser agredida. O conglomerado de comunicação é considerado por Cristina um dos maiores inimigos de sua gestão. Também foram apoiar a ex-mandatária seu vice-presidente Amado Boudou, que está sendo processado por corrupção, e algumas representantes do movimento Mães da Praça de Maio. Diante da multidão, a ex-mandatária fez um breve discurso agradecendo o apoio.
"Depois de ser informada sobre os fatos pelos quais pretendem me acusar, entendo e confirmo claramente que só através de um exercício abusivo do poder jurisdicional esta causa pôde ser levada adiante", declarou a presidente, no documento entregue ao juiz. "Cada vez que um movimento político de personalidade nacional e popular foi derrubado ou finalizou seu mandato, as autoridades que o sucederam utilizaram de forma sistemática a desqualificação de seus dirigentes, atribuindo-lhes a comissão de graves crimes, sempre vinculados com abusos de poder, corrupção generalizada e bens mal havidos", acrescentou.
Em sua opinião, os "verdadeiros motivos sempre foram os mesmos", e estes são, segundo indicou, "varrer as conquistas conseguidas e os direitos adquiridos pela sociedade em seus diferentes estamentos e atividades" e "impor" programas de ajuste e endividamento "utilizando a suposta corrupção para ocultar ambos os objetivos".
O episódio começou pela denúncia de parlamentares da coalizão Cambiemos, liderada pelo atual presidente da Argentina, Mauricio Macri, e investiga milionárias perdas ocorridas na instituição bancária supostamente por operações realizadas no final do mandato de Cristina. Segundo os denunciantes, o Banco Central teria vendido dólares a um preço que se aproximava dos 10,65 pesos por unidade, abaixo do estabelecido na Bolsa de Nova Iorque para este tipo de contrato (cerca de 14 pesos por unidade na época).
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO