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Geral

- Publicada em 01 de Maio de 2016 às 21:47

Assaltos preocupam alunos no Centro

Colégio Paula Soares fica próximo a um posto da BM e ao lado do Palácio Piratini

Colégio Paula Soares fica próximo a um posto da BM e ao lado do Palácio Piratini


JONATHAN HECKLER/JC
Jessica Gustafson
O Colégio Estadual Paula Soares, localizado no Centro da Capital, parece estar em uma região privilegiada no quesito segurança. Próximo a um posto da Brigada Militar (BM) e ao lado do Palácio Piratini, era de se esperar que a incidência de assaltos fosse menor que em outras áreas da cidade.
O Colégio Estadual Paula Soares, localizado no Centro da Capital, parece estar em uma região privilegiada no quesito segurança. Próximo a um posto da Brigada Militar (BM) e ao lado do Palácio Piratini, era de se esperar que a incidência de assaltos fosse menor que em outras áreas da cidade.
Infelizmente, essa não é a realidade. Com mais de 900 alunos, a escola atende ao Ensino Médio à tarde. Às 18h30min, se encerram as aulas. É nesse horário que muitos jovens cruzam a Praça da Matriz em direção às paradas de ônibus da Borges de Medeiros ou próximas ao Mercado Público. É também nesse horário que muitos são assaltados ou sofrem tentativas de roubo.
A vice-diretora do colégio, Rudiléia Paré Neves, conta que a situação é tão frequente que a avó de uma estudante entrou em contato com a escola pedindo para alterar o horário das aulas. Há casos também de transferências. "Estava preocupadíssima, pois a neta sofreu três assaltos em uma semana após sair do colégio. Nós não temos como mudar o horário, pois trabalhamos com seis períodos. O que estamos fazendo é orientar os alunos a saírem em grupo. A Praça da Matriz é um dos piores locais, pois ali é muito escuro", ressalta.
Segundo Rudiléia, a maioria dos assaltos se dá com uso de facas e com o intuito de levar celulares. "Eles nos contam que fazem Boletim de Ocorrência, mas não observamos nenhum policial passando por aqui no horário da saída. Eu moro próximo e também tenho medo de ir para casa", relata.
É fácil encontrar alunos que tenham sido assaltados ou que sofreram uma tentativa recente. Kimberly, de 17 anos, foi roubada duas vezes. Agora, não leva mais o celular para escola. "Levo a chave de casa no bolso. Se levarem a mochila, tenho como entrar em casa. Sempre tentamos sair em grupo, mas também não é garantia. Eles também assaltam em grupo", afirma. Tayna, também de 17 anos, diz que não pega mais o ônibus na Borges de Medeiros. Prefere descer até o Mercado Público, local que considera mais seguro. "Quatro caras com uma faca chegaram e me pediram só o celular", conta.
Já Daniel, de 17 anos, arriscou fugir dos assaltantes. "Isso aconteceu em março. Estava passando pela Praça da Matriz e dois caras vieram para cima de mim. Eu saí correndo e entrei dentro da Assembleia Legislativa. Já falamos com os policiais que ficam em frente ao Palácio e eles disseram que só trabalham na segurança do prédio, que não podem cuidar de quem está na rua", diz.
Para o tenente-coronel Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira, do 9º Comando da Brigada Militar (BM), a situação relatada causa estranheza, pois a Praça da Matriz sempre tem um policial. "Temos o comando da BM na Fernando Machado e o Palácio Piratini nas proximidades. Em comparação com outras regiões da cidade, que apresentam maior escassez de policiais, o colégio está num local melhor. Acredito que eventualmente podem acontecer assaltos ali, mas não chegou nada ao comando", garante.
Segundo ele, a escola precisa interagir com a BM para relatar os episódios. "Vamos entrar em contato com a direção para ver como podemos melhorar isso. Já estamos desenvolvendo um projeto com escolas e cursos que têm aulas à noite no Centro para criar trajetos seguros até as paradas. Ainda não trabalhamos o turno da tarde, mas queremos expandir o projeto para outras localidades", completa.
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