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- Publicada em 14 de Abril de 2016 às 00:01

Docentes lutam contra aumento da contribuição ao IPE

Avenida Borges de Medeiros ficou bloqueada até às 16h30min

Avenida Borges de Medeiros ficou bloqueada até às 16h30min


JONATHAN HECKLER/JC
Suzy Scarton
Um anteprojeto que aguarda o parecer da Casa Civil estadual preocupa os professores gaúchos. Elaborada pelo Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (Ipergs), a proposta prevê uma alteração na Lei do IPE, afetando a contribuição dos dependentes de servidores que sejam vinculados ao convênio. Uma vez que os professores não receberam reajuste salarial no ano passado nem neste, a possibilidade de ter de aumentar o valor de contribuição ao plano de saúde assusta. Por isso, a categoria realizou, ontem à tarde, uma caminhada e um ato em frente à sede do instituto, que reuniu mais de 800 docentes. Parte das avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho, em Porto Alegre, ficaram bloqueadas.
Um anteprojeto que aguarda o parecer da Casa Civil estadual preocupa os professores gaúchos. Elaborada pelo Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (Ipergs), a proposta prevê uma alteração na Lei do IPE, afetando a contribuição dos dependentes de servidores que sejam vinculados ao convênio. Uma vez que os professores não receberam reajuste salarial no ano passado nem neste, a possibilidade de ter de aumentar o valor de contribuição ao plano de saúde assusta. Por isso, a categoria realizou, ontem à tarde, uma caminhada e um ato em frente à sede do instituto, que reuniu mais de 800 docentes. Parte das avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho, em Porto Alegre, ficaram bloqueadas.
"Estamos pagando por um serviço que não é entregue. Queremos defender o Ipergs, sempre o fizemos, mas isso é importante pra nós", afirma a presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Schürer. De acordo com ela, o anteprojeto prevê aumento de 5% na contribuição do dependente, além de pagamento adicional para a internação hospitalar e 40% para os procedimentos realizados.
O Ipergs, no entanto, desmente que qualquer percentual já tenha sido definido. "Existe um cálculo que depende do nível salarial e do valor de contribuição. Não será um preço abusivo, mas não existe plano de saúde em que os dependentes não paguem nada", argumentou o diretor administrativo-financeiro do instituto, Eduardo Lopes.
Atualmente, os conveniados podem registrar filhos e cônjuges como dependentes. Até os 21 anos, ou 24, caso o jovem seja estudante, o dependente não precisa contribuir. Depois disso, existe a opção de aderir a um plano de assistência complementar, o PAC, que exige um pagamento. O cônjuge do conveniado, por sua vez, não contribui em nenhuma idade.
Além disso, a categoria reclama que, no Interior, há ausência de especialistas, como pediatras. "Quando tem, é aquele tipo que seleciona os pacientes, uma aberração", comenta Helenir.
O Cpers deu exemplo de casos em que os médicos cobram um valor a mais por consulta, de cerca de R$ 150,00. Para Lopes, a prática não se difere em nada de outros tipos de corrupção."É roubo", critica a docente.
A diretoria do Ipergs, que recebeu os manifestantes para uma conversa, pediu que os professores formalizem esse tipo de denúncia. "Só podemos punir o médico fazendo o descredenciamento. Todos os credenciados estão aqui por vontade própria. Se não concordarem com os métodos do Ipergs, podem sair quando quiserem."
Na reunião, o Cpers cobrou uma resposta do Ipergs. "Já é a terceira vez que estamos aqui. A última foi no dia 18 de dezembro, e agora queremos uma resposta que possa servir de suporte contra práticas como essa", diz Helenir. O instituto garantiu que fará o que foi pedido, mas não deu prazos para o cumprimento da promessa.
Além do sucateamento do plano de saúde, o Cpers também planeja deflagrar greve geral a partir do dia 13 de maio, data da próxima assembleia geral da categoria. De acordo com o sindicato, o governo estadual deve 69,44% em reajuste salarial.
"Se o Estado deu reajuste de 8% para o Judiciário, é justo que dê para nós também. Agora que conseguiram essa liminar junto ao Supremo Tribunal Federal (que autoriza o Estado a pagar a dívida com a União sem os juros capitalizados), não há mais desculpa para parcelamento", afirma Helenir.
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