Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Saúde

- Publicada em 05 de Abril de 2016 às 22:06

Emergências de Porto Alegre têm restrição no atendimento

Hospital de Clínicas recebe apenas pacientes graves

Hospital de Clínicas recebe apenas pacientes graves


MARCO QUINTANA/JC
Desde segunda-feira, as emergências de quatro dos principais hospitais da Capital apresentam superlotação, o que os levou a restringir o atendimento a casos graves e de emergência. A situação do Hospital de Clínicas é a mais crítica: ontem à tarde, 143 adultos disputavam um lugar entre 41 leitos, e 11 crianças, entre nove leitos pediátricos. No Hospital Conceição, havia 132 pacientes para 64 leitos.
Desde segunda-feira, as emergências de quatro dos principais hospitais da Capital apresentam superlotação, o que os levou a restringir o atendimento a casos graves e de emergência. A situação do Hospital de Clínicas é a mais crítica: ontem à tarde, 143 adultos disputavam um lugar entre 41 leitos, e 11 crianças, entre nove leitos pediátricos. No Hospital Conceição, havia 132 pacientes para 64 leitos.
Na Santa Casa de Misericórdia, o atendimento tem sido restrito há meses. Ontem à tarde, todos os 26 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) estavam ocupados, e, pela manhã, havia 28 pacientes. Na emergência do Hospital São Lucas da Pucrs, 26 adultos disputavam vaga entre 13 leitos do SUS. O atendimento está restrito a pacientes de classificação amarela, que demanda urgência, e casos ainda mais graves. Os leitos destinados a pacientes conveniados não apresentavam superlotação. No entanto, a emergência pediátrica também não atende com capacidade total, uma vez que o prédio passa por reformas.
A alta demanda de atendimento médico não está diretamente relacionada com a chegada do vírus H1N1 ao Estado. Entretanto, embora o inverno ainda não tenha começado e as temperaturas ainda estejam altas, o número de pacientes com sintomas gripais aumentou nos últimos dias no São Lucas e no Hospital de Clínicas.
Mesmo que ainda não haja vacinas disponíveis na rede pública estadual, os pacientes que procuram os hospitais passam pela triagem e, se confirmada a gripe A, recebem tratamento indicado. Em casos mais graves, o tamiflu pode ser utilizado.

Tamiflu está disponível em unidades de saúde da Capital mediante receita médica

Em Porto Alegre, o Oseltamivir, conhecido como tamiflu, está disponível nas unidades de saúde e farmácias do município. Para receber o tratamento, o paciente deve ter receita médica válida e dirigir-se a um dos locais de entrega.
No que se refere à prevenção, quem pertence aos grupos de risco tem prioridade na imunização. Quem sofrer de doenças respiratórias, cardíacas e imunodeficiências, por exemplo, deve procurar os postos a partir de 25 de abril. O Ministério da Saúde também recomenda que crianças de seis meses a cinco anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde e do sistema prisional, idosos, indígenas e presos recebam a dose.
O infectologista do Hospital Moinhos de Vento Paulo Ernesto Gewer Filho afirma que toda a população corre risco de se contaminar. "Todos deveriam ter direito à vacina. As pessoas mais vulneráveis podem desenvolver complicações maiores", argumenta.
De acordo com Gewer, quando os sintomas começarem, é importante procurar um posto de saúde ou um consultório médico, a fim de evitar a superlotação de emergências. O quadro inicial é de febre, mal-estar, perda de apetite, dor no corpo, dores articulares, de garganta e de cabeça, e cansaço. "Embora os sintomas sejam semelhantes, a intensidade de um resfriado é moderada. A pessoa consegue trabalhar ou ir à escola. A gripe, no entanto, impossibilita as atividades, e o paciente fica acamado", argumenta.
Com a propagação da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus, algumas pessoas podem se confundir, uma vez que os sintomas são parecidos. No entanto, as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti não provocam dor de garganta.