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Geral

- Publicada em 04 de Abril de 2016 às 20:45

Com apoio sindical, motoristas criam associação para questionar Uber

Com apoio da central sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores), motoristas que trabalham para o Uber estão criando uma associação para dar respaldo às manifestações contra o aplicativo.
Com apoio da central sindical UGT (União Geral dos Trabalhadores), motoristas que trabalham para o Uber estão criando uma associação para dar respaldo às manifestações contra o aplicativo.
A AMAA (Associação dos Motoristas Autônomos por Aplicativos) questiona, além da redução de 15% da tarifa e o aumento no número de motoristas, o que têm reduzido os ganhos dos cadastrados, a segurança de motoristas e passageiros. "Hoje, o parceiro do Uber tem que trabalhar oito horas para pagar o combustível e locação do veículo e mais uma hora para conseguir pagar um prato de comida", diz Paulo Acras, fundador da associação.
Acras, que é economista por formação, defende que exista relação trabalhista entre motoristas e os aplicativos para que se garantam "direitos mínimos". "Temos que trabalhar mais de 16 horas por dia para que o serviço nos dê algum tipo de lucro. Mas estamos colocando a segurança de todos em risco", afirma.
Nesta terça-feira (5), a AMAA participará de uma audiência pública na Câmara Municipal com o vereador Police Neto (PSD). Único parlamentar a votar contra a proibição do Uber na cidade, ele é autor de um projeto que prevê a regulamentação de aplicativos de compartilhamento de automóveis em São Paulo.
A proposta foi aprovada em primeira discussão pela Câmara, em dezembro do ano passado. Para virar lei, no entanto, precisa passar por uma segunda votação e ter a sanção do prefeito Fernando Haddad (PT).
O vereador diz é preciso abrir o mercado para outros aplicativos para que haja concorrência leal. "Precisamos trazer concorrentes ao Uber para não monopolizar o mercado. Para isso, é necessário que haja validação pública para outros aplicativos e regras claras de segurança", afirma Police Neto.
Segundo ele, outros aplicativos, como o WillGo, Fleety e BlaBlaCar já começaram a cadastrar motoristas em São Paulo. "É fundamental que ocorra a regulamentação para que o mercado não entre em colapso", diz o vereador.
Procurado, o Uber afirmou que trabalha para criar uma plataforma "com grandes oportunidades para os parceiros" e "onde possam ganhar dinheiro em seus próprios termos". "Os motoristas parceiros podem controlar onde, como é quando eles dirigem e são livres para usar outros aplicativos ou para ter outros empregos ao mesmo tempo em que usam a plataforma", afirmou em nota.
A multinacional disse ainda estar aberta às sugestões dos motoristas sobre o que gostariam de ver na plataforma.
Folhapress
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