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Economia

- Publicada em 01 de Maio de 2016 às 22:04

Startup cria software que gerencia produção rural

A partir da esquerda, Thomas da Silva Rodrigues, Pedro Martins Dusso e Paulo Vitor Silvestrin, sócios da Aegro

A partir da esquerda, Thomas da Silva Rodrigues, Pedro Martins Dusso e Paulo Vitor Silvestrin, sócios da Aegro


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Patricia Knebel
Informações sobre o preparo do solo, áreas plantadas, uso de defensivos e controle de estoques fazem parte do dia a dia dos produtores agrícolas. Mais do que isso, são decisivas para garantir a produtividade no campo.
Informações sobre o preparo do solo, áreas plantadas, uso de defensivos e controle de estoques fazem parte do dia a dia dos produtores agrícolas. Mais do que isso, são decisivas para garantir a produtividade no campo.
A má notícia é que, via de regra, esses registros ainda estão no mundo analógico, o que significa muitos apontamentos em papel e pouca automatização. A boa é que startups brasileiras estão de olho no potencial do agronegócios e criando soluções que ajudam a tornar esses processos mais inteligentes.
É o caso da Aegro, incubada do Centro de Empreendimentos em Informática (CEI) do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). A empresa, que está há um ano e oito meses no mercado, desenvolveu um software de gestão do sistema de produção agrícola, que engloba a área produtiva, financeira e comercial. O produto ajuda no planejamento e controle das safras, evitando desperdícios, aumentando produtividade e otimizando os resultados das propriedades por meio da melhoria dos seus processos de negócios.
Diretor executivo da Aegro, Pedro Dusso comenta que essa não é uma solução apenas para cadastrar e registrar atividades do campo, como existem muitas por aí. "A nossa ferramenta tem uma metodologia voltada para garantir a sustentabilidade da gestão e facilitar a vida dos produtores que estão interessados em aumentar a sua produtividade", relata.
Outro diferencial, comenta, é levar junto o know how de anos de estudos nessa área, especialmente do Projeto 10, realizado no Rio Grande do Sul nos anos 2000 e que tinha como meta dobrar a produtividade do arroz. O Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), responsável por essa iniciativa na época, tinha como um dos seus diretores técnicos Valmir Gaedke Menezes, que hoje é sócio da Argro.
Também fazem parte do quadro societário da empresa Paulo Vitor Silvestrin, Thomas da Silva Rodrigues e Francisco Gerdau de Borja. Dusso comenta que eles tinham uma espécie de berçário de ideias. Queriam empreender e estavam analisando alguns mercados para fazer a sua estreia, até que perceberam o potencial de criar inovações para o agronegócios. "Em conversas com o Valmir Menezes descobrimos que a gestão em muitas propriedades ainda era manual. Aí decidimos apostar", conta.
No primeiro semestre de 2015, eles realizaram o plano de negócios e a validação do protótipo. Em agosto, próximo ao início da safra do arroz, saíram à rua. Participaram de eventos e conheceram in loco empresas - algumas delas que depois se tornariam clientes. "O software foi concebido a partir dessas experiência no segmento de arroz, mas é genérico e pode ser utilizado na gestão de soja, trigo e outros grãos", explica o jovem.
Desenvolver esse software de gestão do sistema de produção agrícola é apenas o começo. No road map da startup está o desafio de adotar novas tecnologias, como de inteligência artificial, sensores de medição de clima e solo e soluções de integração entre máquinas. "Estamos consolidando a nossa plataforma para, então, darmos novos passos no caminho da evolução tecnológica da empresa", diz Dusso.
Recentemente, os funcionários da Aegro desenvolveram um aplicativo de celular para registro de incidência de pragas aberto e colaborativo. É um projeto social em que as pessoas podem avisar sobre possíveis pragas na região e ajudar na prevenção de doenças nas propriedades. Com essa ideia, eles ficaram em segundo lugar no Hackathon Smart Agro, que aconteceu no Paraná.
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