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Economia

- Publicada em 26 de Abril de 2016 às 18:56

Polícia prende 28 pessoas por fraudes bancárias

Operação cumpriu 212 mandados judiciais e foi realizada em 12 municípios

Operação cumpriu 212 mandados judiciais e foi realizada em 12 municípios


JORGE FELIPE - ASCOM POLÍCIA CÍVIL/DIVULGAÇÃO/JC
A Operação Stellio, deflagrada na manhã de ontem pela Polícia Civil, prendeu 28 suspeitos de fraudes bancárias no Rio Grande do Sul. A quadrilha facilitava a contratação de empréstimos do Banrisul por donos de empresas de fachada ou em nome de laranjas. Segundo os investigadores, não era exigida toda a documentação necessária para abertura do crédito e eram aceitos cheques sem fundos e bens obtidos com documentos falsos. Estima-se que a fraude, incluindo participação de gerentes e funcionários do banco, seja de quase R$ 7,5 milhões.
A Operação Stellio, deflagrada na manhã de ontem pela Polícia Civil, prendeu 28 suspeitos de fraudes bancárias no Rio Grande do Sul. A quadrilha facilitava a contratação de empréstimos do Banrisul por donos de empresas de fachada ou em nome de laranjas. Segundo os investigadores, não era exigida toda a documentação necessária para abertura do crédito e eram aceitos cheques sem fundos e bens obtidos com documentos falsos. Estima-se que a fraude, incluindo participação de gerentes e funcionários do banco, seja de quase R$ 7,5 milhões.
O dinheiro era desviado para contas bancárias dos articuladores do esquema. Quando esgotava o prazo de pagamento do empréstimo, um novo contrato era realizado para amortizar a dívida. O rastreamento levantou suspeita sobre o envolvimento de 60 pessoas e, pelo menos, 15 empresas de fachada de diversos setores desde 2012. O indiciamento por crimes de associação e organização criminosa, falsificação ideológica e de documentos, peculato, estelionato contra a administração pública, lavagem de dinheiro, corrupção, entre outros, deve ser feito em até 30 dias. Os nomes não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.
Conforme o delegado Daniel Mendelski, os valores contraídos em diversas agências bancárias variavam entre R$ 15 mil e R$ 400 mil. "O que estamos buscando com as medidas judicialmente autorizadas e cumpridas hoje (ontem) é a salvaguarda da prova que possa estar em mãos dos investigados ou indivíduos relacionados a investigação e também o ressarcimento causado por essas pessoas, uma vez que houve apreensão de bens e valores, assim como o bloqueio de valores via Banco Central do Brasil", explica Mendelski. A operação foi realizada pela Delegacia Fazendária do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic)
Entre os detidos, estão um gerente e um funcionário do banco, que, segundo a Polícia Civil, colaborou com as investigações. Em nota enviada, o Banrisul se posicionou da seguinte maneira: "Em 2015, a auditoria interna do banco apurou determinadas irregularidades em aberturas de conta e deferimentos de crédito nas agências Capivari do Sul e Viamópolis. Avaliados os fatos, foram adotadas medidas internas cabíveis, inclusive com a demissão de empregados". A instituição diz que permanece colaborando com as investigações da Operação Stellio e mantêm integral interesse no esclarecimento dos fatos.
A operação cumpriu 212 mandados judiciais, sendo 64 de busca, 28 de prisão temporária e 120 bloqueios de ativos financeiros e bens. A ações, envolvendo 272 agentes, foram realizadas em 12 cidades: Porto Alegre, Alvorada, Cachoeirinha, Caçapava do Sul, Canoas, Capivari do Sul, Cidreira, Imbé, São Leopoldo, Palmares do Sul, Santa Cruz do Sul e Viamão. Foram apreendidos 17 carros, duas armas, joias, dinheiro e documentos. A palavra do latim que batiza a investigação dá nome a uma espécie de lagarto capaz de mudar de cor para passar despercebido e deu origem à expressão estelionato.
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