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Agronegócios

- Publicada em 26 de Abril de 2016 às 21:40

Indústria de máquinas incentiva uso do crédito

Perspectivas para o setor agrícola são boas no médio e longo prazos

Perspectivas para o setor agrícola são boas no médio e longo prazos


CASE IH/DIVULGAÇÃO/JC
A grande indústria brasileira de tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas está recomendando aos produtores rurais o aproveitamento do financiamento agrícola disponível nos bancos até o dia 17 de junho, fim do Plano Safra 2015/2016. Primeiro, porque há dinheiro disponível - mais de R$ 1 bilhão; segundo, porque os juros são considerados baixos; e, finalmente, porque não se sabe o que vai acontecer depois com a economia brasileiras e com o financiamento agrícola, diante de possíveis mudanças no governo e na política do País.
A grande indústria brasileira de tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas está recomendando aos produtores rurais o aproveitamento do financiamento agrícola disponível nos bancos até o dia 17 de junho, fim do Plano Safra 2015/2016. Primeiro, porque há dinheiro disponível - mais de R$ 1 bilhão; segundo, porque os juros são considerados baixos; e, finalmente, porque não se sabe o que vai acontecer depois com a economia brasileiras e com o financiamento agrícola, diante de possíveis mudanças no governo e na política do País.
Uma das maiores indústrias de setor de tratores e máquinas agrícolas instaladas no País, a multinacional Case IH, admitiu, na Agrishow, em Ribeirão Preto, através de seus executivos, que "há muita incerteza no setor político" e que ninguém "sabe o que um futuro governo poderá fazer". Mirko Romagnoli, vice-presidente da Case IH para a América Latina, afirmou que a confiança do produtor rural está em nível muito baixo. Romagnoli observou, porém, que, "mesmo sem visibilidade sobre os próximos seis meses, a empresa continua acreditando no País e planejando investimentos, pois atua no longo prazo". Para ele, "não tem como o Brasil não seguir olhando para o setor agrícola, que representa cerca de 30% do seu PIB". O executivo afirmou que, a curto prazo, a situação pode ser difícil, mas, a médio e longo prazos, as perspectivas continuam muito boas para o agronegócio. "É só a percepção melhorar e o produtor vai continuar investindo." O vice-presidente da Case IH citou o caso da Argentina, onde os negócios da empresa foram impactados negativamente, mas que, atualmente, oferece grandes perspectivas de desenvolvimento. "E o Brasil, como um gigante que é, tem, seguramente, melhores condições de continuar o desenvolvimento", destacou.
O comportamento do Banco do Brasil em relação ao crédito agrícola demonstra grande confiança no agronegócio do País. O BB atingiu R$ 3,4 bilhões em liberações de recursos para o pré-custeio, analisa mais R$ 1,9 bilhão em propostas e deve realizar toda a programação de R$ 10 bilhões previstos para o custeio antecipado da atual safra, segundo informou seu representante na Agrishow. Desde fevereiro, o BB alcançou R$ 3,4 bilhões em desembolsos para financiamento da Aquisição Antecipada de Insumos - Pré-Custeio da safra 2016/2017, sendo R$ 668,5 milhões para o segmento de médios produtores rurais (Pronamp) e R$ 2.740,4 milhões destinados aos demais produtores. O volume desembolsado até o dia 20 de abril representa crescimento de 26,3% em relação ao observado no comparativo com o período fechado até abril de 2014 (R$ 2,7 bilhão), última edição da modalidade de financiamento para o pré-custeio.
Além disso, existem, nas diversas fases do processo de crédito do BB, mais propostas que somam R$ 1,9 bilhão. Com isso, o volume internalizado já soma R$ 5,3 bilhões e indica que o BB deve realizar toda a programação de R$ 10 bilhões previstos para o custeio antecipado da atual safra. No total das operações de custeio agropecuário, desde o início da safra 2015/2016, o Banco do Brasil já desembolsou R$ 44,8 bilhões. O volume é 40,2% superior ao realizado no mesmo período da safra anterior. Desse montante, R$ 6,1 bilhões foram destinados à agricultura familiar, R$ 9,9 bilhões para os médios produtores e R$ 28,8 bilhões para os demais. A lavoura mais financiada foi a de soja, com 84,2% dos recursos, totalizando R$ 2,8 bilhões.
Outro destaque de ontem, na Agrishow, foi a entrega do 33º Prêmio Gerdau Melhores da Terra correspondente a esta feira na categoria Novidade. O vencedor da divisão Agricultura de Escala foi a gaúcha GSI Brasil, de Marau, com a fornalha Block-Velox, para secagem de grãos. Na divisão Agricultura Familiar, venceu a Implementos Agrícolas Marispan, de Batatais (SP).

Governo divulga Plano Agrícola e Pecuário no dia 4

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, informou ontem que o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário da safra 2016/2017 está previsto para a próxima semana, dia 4 de maio. O investimento é estratégico para que o País continue aumentando sua produção.
Kátia Abreu afirmou que, apesar da crise política atual, o Ministério da Agricultura continua trabalhando. "Assim como os trabalhadores, os patrões e os empresários, nós, ministros, também trabalhamos durante a crise. Então essa é nossa função e obrigação. Temos que deixar um Plano Safra pronto, adequado para o momento do País, e tenho certeza que será um ótimo plano", ressaltou.
A ministra destacou que o plano teve saltos significativos. Da safra 2011/2012 à atual, o volume de recursos disponibilizados cresceu de R$ 107,24 bilhões para R$ 187,7 bilhões, aumento de 75%.