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Economia

- Publicada em 25 de Abril de 2016 às 20:03

Dívida pública total do Brasil avança R$ 67 bilhões em apenas um mês

 eco Leandro Secunho crédito Elza Fiúza ABR

eco Leandro Secunho crédito Elza Fiúza ABR


ELZA FIÚZA/ABR/JC
Mesmo com a queda da participação de investidores estrangeiros no estoque de títulos do Tesouro em março, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em 2,38%, ou R$ 67,2 bilhões, em março, e chegou a R$ 2,88 trilhões no mês passado, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Apesar da turbulência política do País, o governo conseguiu realizar uma emissão líquida de títulos de R$ 49,61 bilhões no mês passado, ou seja, colocou mais papéis no mercado do que o montante que foi resgatado. Além disso, o estoque do endividamento também foi elevado por conta da correção de juros de R$ 17,62 bilhões no período. Até fevereiro, a dívida estava em R$ 2,81 trilhões.
Mesmo com a queda da participação de investidores estrangeiros no estoque de títulos do Tesouro em março, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em 2,38%, ou R$ 67,2 bilhões, em março, e chegou a R$ 2,88 trilhões no mês passado, de acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Apesar da turbulência política do País, o governo conseguiu realizar uma emissão líquida de títulos de R$ 49,61 bilhões no mês passado, ou seja, colocou mais papéis no mercado do que o montante que foi resgatado. Além disso, o estoque do endividamento também foi elevado por conta da correção de juros de R$ 17,62 bilhões no período. Até fevereiro, a dívida estava em R$ 2,81 trilhões.
A participação de investidores estrangeiros na dívida interna caiu de 17,72% do total do estoque em fevereiro para 16,73% no mês passado, passando de R$ 474,66 bilhões para R$ 460,73 bilhões.
De acordo com o coordenador-geral de operações da Dívida Pública, Leandro Secunho, os investidores não residentes no País se desfizeram em março de R$ 35 bilhões em títulos com vencimento em 1 de abril. "Esses papéis foram absorvidos pelas instituições financeiras e, com o vencimento no primeiro dia deste mês, esses títulos também saíram das carteiras dos bancos", explicou.
Mesmo com o crescimento em março, a DPF ainda está abaixo do previsto pelo governo no Plano Anual de financiamento (PAF) de 2016, cujos limites vão de R$ 3,1 trilhões a R$ 3,3 trilhões. "Esperamos encerrar o ano dentro do intervalo, já que ainda restam nove meses neste exercício", avaliou o coordenador.
Segundo ele, a turbulência política de março não trouxe uma volatilidade "fora do normal" ao mercado de títulos brasileiros. Para o coordenador, as taxas estão "bem comportadas" e em queda, e os leilões de março e abril foram bem-sucedidos. "Não há uma volatilidade extrema como ocorreu em setembro, quando o Tesouro precisou fazer leilões de compra e venda. No momento, não temos observado nenhuma dificuldade nas emissões", acrescentou.
A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 36,56% em fevereiro para 37,17% em março, quando a emissão de papéis NTN-F com vencimentos em 2023 e 2027 teve o maior volume desde maio de 2015, com R$ 8,07 bilhões. "O Tesouro vem conseguindo emitir títulos de mais longo prazo com taxas decrescentes", avaliou.
Secunho frisou que essas emissões já estavam previstas e aproveitam as condições de mercado. "Tem havido demanda para esses títulos. Existe demanda, o Tesouro é tomador de preços e as emissões melhoram o perfil da dívida. O Tesouro se aproveita dessa situação conjuntural", acrescentou.
Já os papéis atrelados à taxa básica de juros Selic diminuíram sua fatia no total, de 25,09% para 24,92%. Com isso, essa parcela ficou ainda mais distante do previsto no PAF, cujos limites para esses títulos vão de 29% a 33%. "Até o fim de 2016, os vencimentos de prefixados somam R$ 330 bilhões, os de índices de preços somam R$ 115 bilhões, e os de Selic somam apenas R$ 14 bilhões", explicou Secunho. "A nossa expectativa é de que, em dezembro, os títulos atrelados à taxa flutuante retornem para as bandas do PAF", completou.
Os títulos remunerados pela inflação subiram para 33,08% do estoque da DPF em março, ante 33,05% em fevereiro. Os papéis cambiais reduziram a participação na DPF de 5,29%.
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