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Economia

- Publicada em 25 de Abril de 2016 às 19:57

Sem acordo, Brasil e Argentina chamam montadoras para participar de discussões

Agência Estado
Sem acordo para a prorrogação do acordo automotivo entre Brasil e Argentina, os governos decidiram convidar o setor privado para participar das discussões. Nesta segunda-feira, 25, após uma reunião bilateral entre os dois países, em Brasília, os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Armando Monteiro, e o da Produção da Argentina, Francisco Cabrera, afirmaram que o entendimento ainda está em discussão e não há consenso sobre o tema.
Sem acordo para a prorrogação do acordo automotivo entre Brasil e Argentina, os governos decidiram convidar o setor privado para participar das discussões. Nesta segunda-feira, 25, após uma reunião bilateral entre os dois países, em Brasília, os ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Armando Monteiro, e o da Produção da Argentina, Francisco Cabrera, afirmaram que o entendimento ainda está em discussão e não há consenso sobre o tema.
As montadoras serão convidadas já para a próxima reunião, ainda sem data. Cabrera avaliou a necessidade do convite ao setor, tendo em vista que a indústria tem "muito que acrescentar". "Formalizamos um comitê automotivo para uma agenda de convergência e para criar uma competitiva plataforma no setor", afirmou.
O acordo automotivo entre o Brasil e a Argentina, que termina em junho, continua sem uma definição para o futuro. Mas com um desenho de acordo de livre comércio entre o Brasil e o México em 2019 e entre a Argentina e o México na mesma data, Monteiro defendeu termos semelhantes entre o Brasil e a Argentina. "Achamos que é previsível e desejável para que tenhamos acordo de livre comércio com a Argentina", disse, otimista. O Brasil tem defendido o livre comércio no setor, o que significa a venda de veículos entre os países sem Imposto de Importação e sem cotas. O acordo em vigor prevê que para cada US$ 1,5 milhão em carros e peças vendidos para a Argentina, o Brasil tem de comprar US$ 1 milhão do país vizinho, também sem o tributo. Acima desses valores, têm alíquota de 35%.
O ministro brasileiro ressaltou que os dois países devem encontrar, no curto prazo, um ponto de equilíbrio "que justifique a extensão do acordo que desejamos promover".
O representante de Maurício Macri preferiu não detalhar a proposta apresentada ao governo brasileiro, enquanto Monteiro decidiu não criticar a proposta vigente. "Temos, no curto prazo, que definir a renovação do acordo existente", afirmou.
Em meio ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o ministro argentino ressaltou que há um reflexo na economia argentina, mas ressaltou que "esse é um tema interno do Brasil". "Não escapa à Argentina o impacto que está tendo a situação do Brasil", disse.
Na avaliação de Cabrera, os efeitos da situação do Brasil são os impactos no setor industriais da Argentina, já que 50% da produção industrial vai para o Brasil. "Esse fluxo comercial está sofrendo, estamos tratando de aguentar essa situação para seguir com a normalidade das nossas operações comerciais", afirmou. "Estamos trabalhando a respeito do setor automotivo, é um tema aberto para discussão, somos um novo governo, o Brasil é nosso sócio principal e setor automotivo é o mais importante", disse Cabrera.
Com o desembarque de alguns ministros da base do governo em meio ao impeachment da presidente, o ministro Armando Monteiro afirmou que seu retorno ao Senado Federal "se dará no momento próprio" e que, enquanto isso, o governo está na "plenitude de suas atribuições". "Estaremos trabalhando até o ultimo momento", disse.
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