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Economia

- Publicada em 25 de Abril de 2016 às 19:30

Baixa do IPCA leva Focus a apostar em queda da Selic já em setembro

Com sinais de arrefecimento da inflação, o mercado financeiro adiantou de outubro para setembro a aposta sobre quando o Comitê de Política Monetária (Copom) vai começar a reduzir a taxa básica de juros da economia (Selic). Para a reunião deste mês, que ocorre hoje e amanhã, os agentes acreditam que a taxa será mantida nos atuais 14,25% ao ano, revelou ontem o Relatório de Mercado Focus, apresentado pelo Banco Central (BC).
Com sinais de arrefecimento da inflação, o mercado financeiro adiantou de outubro para setembro a aposta sobre quando o Comitê de Política Monetária (Copom) vai começar a reduzir a taxa básica de juros da economia (Selic). Para a reunião deste mês, que ocorre hoje e amanhã, os agentes acreditam que a taxa será mantida nos atuais 14,25% ao ano, revelou ontem o Relatório de Mercado Focus, apresentado pelo Banco Central (BC).
A projeção de que a Selic poderá sofrer um corte mais cedo que o previsto anteriormente vem acompanhada por números melhores para a inflação. Depois de três meses e meio, o mercado voltou a vislumbrar uma taxa abaixo de 7% neste ano. De acordo com o Focus, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2016 em 6,98%, ante 7,08% previstos na semana passada. Apesar da queda, a estimativa continua acima do teto da meta estabelecido pelo governo, de 6,5%.
Para as instituições financeiras consultadas pelo BC, a Selic será reduzida em 0,25 ponto percentual em setembro e mais 0,5 ponto percentual em outubro, além de um novo corte em dezembro, que levaria a taxa a encerrar 2016 em 13,25% ao ano. Todos os números estão em níveis mais baixos que os projetados na semana passada.
A decisão deste mês do Copom será apresentada amanhã, após o término da reunião. Desde o último encontro do colegiado, em 2 de março, os prognósticos para a inflação apresentaram melhora. A mediana das previsões para o IPCA de 2016 no Focus caiu 0,59 ponto percentual entre a véspera da última reunião e o relatório apresentado nesta semana. As estimativas do grupo Top 5 - dos analistas que mais acertam as projeções - despencaram 1,29 ponto percentual no mesmo período.
Desde julho do ano passado, a taxa Selic está em 14,25% ao ano. Desde novembro, o Copom continuou a votar pela manutenção da taxa, mas com dissenso. Dois de seus oito membros gostariam de ter visto elevação dos juros básicos da economia desde a ocasião.
Em suas publicações, o BC vem reiterando que, no momento, não há espaço para flexibilização da política monetária. Um dos principais argumentos é justamente a expectativa dos analistas para a inflação ainda elevada. Pelo último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), a estimativa do BC para o IPCA deste ano é de uma alta de 6,9% pelo cenário de mercado.
O BC já reconhece e vem informando que vai focar não mais 2016, mas em 2017 a tarefa de levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%. No caso do ano que vem, a projeção do Focus caiu de 5,93% para 5,80%. Há quatro semanas, estava em 6,00%.
Apesar do cenário mais favorável aos índices de preços, o mercado financeiro piorou pela 14ª semana consecutiva a projeção para a atividade econômica. Para os analistas, o Produto Interno Bruto (PIB) do País deve retrair 3,88% em 2016. Na semana passada, a previsão era de um recuo de 3,80%, e há quatro semanas, o dado estava negativo em 3,66%. A queda é mais intensa que a prevista pelo BC em relatório de inflação divulgado em março. Pelo documento, a estimativa para a retração econômica deste ano é de 3,5%.
O boletim Focus manteve a estimativa para o comportamento do dólar neste ano. A moeda deve chegar em 31 de dezembro comercializada a R$ 3,80, mesmo valor estimado no levantamento da semana passada.
 
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